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Mostrando postagens de 2013

Um sonho de verdades

Então eu tive um sonho. Bem estranho e possivelmente não vou esquecer tão cedo. Sonhei que estava em um hospital em uma dimensão qualquer onde eu fazia exames. E o médico descobriu que eu tinha poucos dias de vida e ia me contar. Ele estava com certa dificuldade de me contar que agora teria prazo de expiração pois eu estava sozinha ali naquele hospital. Mas era clara a resposta dele. Se via pelo olhar e pela energia que ele passava ao chegar ao meu lado, sentar e sorrir desanimadamente com alguns papeis e radiografias e outras coisas que resultam de um grande vasculhar dentro de mim. Acordei sem ouvir a resposta do médico. Aos poucos, após eu ter feito a pergunta fatídica "vou morrer quando?" tudo foi perdendo a forma e a vida voltou para dentro do meu quarto. Deste dia em diante comecei a pensar na minha vida, no que estou deixando de legado, de exemplos, de lembranças. Tem um lado meu, bastante egocentrico, que diz que eu combati um bom combate e que já não há muit

labirinto

Eu sempre me perco dentro de mim. É engraçado constatar isto depois de tanto tempo vivendo um labirinto tão imenso, algumas vezes tão sombrio.  E alguns nortes acontecem esporadicamente ao longo dessa caminhada de viver que fazem parte de novas direções. Alguns aparecem com placas imensas, piscando neon e avisando o caminho em auto falantes. Outrs, mais discretos, são sinais escritos em areia e ao menor dos ventos se apagam, exigindo de mim rápida atenção e uma memória aprimorada. Novamente apareceu uma placa mas esta é muito engraçada pois parece aqueles anuncios de pessoas perdidas que algumas vezes saem nas embalagens de leite. Ele é tão sutil e eu poderia bebe-lo e depois joga-lo fora porém é tão urgente. O mais engraçado disso tudo é que no anuncio não fala para qual direção devo rumar. Ele fala de coisas que ainda não entendo mas me passa a impressão de que devo seguir em frente. Talvez seja isso. Simplesmente isso: seguir em frente. Mas porque este me desperta tanto

Entendi...

Sou uma pessoa muito prática. Racional e prática. Tive que aprender a ser. Talvez às custas de sufocar uma série de irracionalidades e complicações, mas saiu uma criatura assim como eu e serviu bem e com louvores até agora, à causa chamada viver. Só que uma hora a chaleira apita, fervilham as emoções e como elas não tem controle quando não se conhece, é sinal que a hora de vesti-las e deixar-se envolver chegou. Alguma coisa parecida com uma lagarta que vira pupa e depois luta para sair do casulo e se tornar borboleta. Ainda que tudo seja diferente, um universo ainda não mapeado e desvendado por mim, onde os caminhos, comportamentos e atitudes eu sequer sei quais usar, tô indo. Acho até que as emoções tem sido bastante gentis com esta novata no ramo, revelando-se de forma suave e firme. Assustam pelo tamanho e pela independência que possuem mas por outro lado, tem seus aspectos gentis. Talvez eu tenha buscado esse encontro com o "irracional" e "não prático" d

Dia não

Tô meio braba hoje. Não sei se foram os sonhos que tive, o fato de ser um sacrifício contato com a fabrica de ração dos meus gatos para trocar ou simplesmente porque não aguento mais essa rinite idiota que resolveu se manifestar. Hoje nem as fofinhas das minhas gatas conseguiram melhorar meu humor. Meu suflê de chuchu tá no forno e parece que vai ficar uma meleca...aliás na receita não falava sobre o ponto certo do chuchu e nem de quando tirar o criaturo de dentro do forno. Por mim eu entrava embaixo dos meus cobertores e só sairia de lá quando minha serotonina se estabilizasse. Mas tem ensaio da banda e eu queria ir mas tô quase não indo por causa dessa meleca de nariz. Seilá... hoje não tá bacana...talvez seja até bom eu ir ensaiar para cantar rock e ir contra o "homem"... vou tomar remédio.

O caminho sozinho

Então tive alta da psicologa. Na verdade pedi alta, num impeto de viver a vida descobrindo de forma mais gradativa meus pensamentos imperfeitos e cuidando deles de forma mais lenta. É estranho depois de tanto tempo dividindo um set com uma pessoa que me ajudou a descobrir tanto de mim. Dá um nó na garganta. A ideia de ser livre, sem pensamentos analisados é muito libertadora, me sinto de certa forma mais madura por ter coragem de encerrar nossas sessões e não sumir como eu fiz a muuuuito tempo atras. Mas meu coração pesa e ao mesmo tempo fica alegre. São tantas mudanças que não vou compartilhar...ai...finalmente, de alguma forma e em algum escondido canto de mim eu cresci e tô andando sozinha. Assusta. Mesmo. E muito. Me acostumei a ser desvendada e agora eu que me desvendo. Mas a gente precisa percorrer alguns caminhos sozinhos. Essa é a grande aventura de viver e tô na minha deixa e não vou decepcionar a mim mesma. Tô indo, passo a passo. E vai ser uma caminhada muito digna

Divagações...

Hoje eu acordei e percebi que a maior parte das minhas preocupações de vida são aquelas coisas que eu ainda não tenho e quero ter. Se eu me contentasse com aquilo que tenho eu seria menos neurótica e por consequência, mais calma e feliz. Talvez tenha me dado conta destas coisas meio tarde. Não um "tarde" que não seja reversível mas poderia ter amenizado a vida a uns anos atrás. E pensar que todas as filosofias que estudei me diziam isso o tempo todo... Talvez agora eu finalmente começe a fluir.