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Mostrando postagens de 2021

Ontem

 O Ontem já não me cabe mais. Não complemento a paisagem, não caibo no espaço e não sei me comportar no dia anterior a este. Mal consigo olhar para os minutos que passaram da mesma forma como os encarei no momento em que existiam. Sou uma nova pessoa. Sempre e todo dia. O passado é uma roupa que não me serve mais. O que eu posso fazer é olhar para ele, mas viver não há como.  Ainda que eu quisesse profundamente, mesmo assim não conseguiria por não ser aquela lá... que viveu aquilo ali. Agora vai de mim, a lucidez e clareza para entender essa premissa e olhar o passado com olhos de quem visita, ao invés de olhar o passado com olhos de quem vê nele a chance de repetir tudo igual. A segunda opção é tolice. Agora sou uma nova pessoa. Bem mais nova do que quando comecei a digitar essas palavras. Aceito o novo ser que constantemente me habita. Para encontrar o meu infinito pessoal.

Caixas

Hj eu senti dor. Fazia tempo que não esvaziava to meu ser de possibilidades para dar espaço aos maus tempos e angustias que marcaram meu ser e estar por muito tempo. No inicio parecia chateação por imaginar que a veterinária das minhas gatas não quer atende-las por quê nunca gostou de mim e aproveito o fato de eu mudar de cidade para cortar os laços... Depois, uma reunião cheia de pequenos problemas que se anuncia, uma colega cansada de um projeto maçante, a necessidade urgente de comer coisas que entorpecem e a percepção desse caos armado me fizeram estar aqui, calada, inteiramente apática e voltando a alguns começos que eu jurava que haviam finalizado. Tem caixas que não devemos abrir. Tem caixas que não escolhemos abrir e tem caixas que se abrem sozinhas, ao menor contato com nossa essência.