O Ontem já não me cabe mais.
Não complemento a paisagem, não caibo no espaço e não sei me comportar no dia anterior a este.
Mal consigo olhar para os minutos que passaram da mesma forma como os encarei no momento em que existiam.
Sou uma nova pessoa. Sempre e todo dia. O passado é uma roupa que não me serve mais. O que eu posso fazer é olhar para ele, mas viver não há como.
Ainda que eu quisesse profundamente, mesmo assim não conseguiria por não ser aquela lá... que viveu aquilo ali.
Agora vai de mim, a lucidez e clareza para entender essa premissa e olhar o passado com olhos de quem visita, ao invés de olhar o passado com olhos de quem vê nele a chance de repetir tudo igual. A segunda opção é tolice. Agora sou uma nova pessoa. Bem mais nova do que quando comecei a digitar essas palavras.
Aceito o novo ser que constantemente me habita. Para encontrar o meu infinito pessoal.