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Mostrando postagens de junho, 2017

Abbraccio

Você conhece alguém que faz você sentir aquele friozinho na barriga, alguém que, com o toque, faça você estremecer? É comum vermos bocas que nos atraiam, sorrisos que nos desmontam e olhares que nos encantam. É comum nos atrairmos pelo perfume bom que fica em nós depois do abraço. Mas como é difícil aquela conexão mental daquela conversa boa de que você não quer se despedir. De quem faz você abrir o seu coração; aquela conversa boa que permite que você seja simplesmente você. Como é raro ter alguém para falar das nossas paixões malucas, dos nossos gostos peculiares e dizer ao outro o quanto detestamos dieta. É raro encontrar alguém com quem a gente possa falar sem medo da reprovação e que ri da nossa risada. É raro quem queira rir conosco das bobagens dessa vida e que divida as suas piadas mais sem graça nos fazendo rir. É comum quem chega e arrepia com um beijo ao pé do ouvido, difícil é quem vem e nos arrepia com uma conversa boa, daquelas que você não se cansa, daquel

Embriaguez

Eu tenho fome, tenho sede. Desejo aquilo que não quero. Desconheço o erro, o perigo e o concreto. Quero dançar com a morte de mãos dadas com a vida para ver se consigo entender suas diferenças. Quero gritar ao infinito tudo o que eu não tenho e chamar de meu para depois perceber o vazio. Eu tenho frio. Tenho sono e minha boca está seca de tantos que não bebi. Fiz a festa para o presente e nada daquilo que convidei sequer apareceu. Ficamos sós, ocos, incertos e furtivos. Marginal dessa madrugada que ainda não aconteceu, só aqui dentro, em meio ao turbulento clima que se apoderar de mim.  A palavra existiu. E como um bálsamo que cura feridas ela se fez. Transcendeu a dor e a confusão.  Virou poesia, voou para o céu.