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Mostrando postagens de junho, 2015

Sobre almas, poetas e artistas

Há dias estou com uma poesia na cabeça. Dessas que a gente cria a partir de alguns olhares sobre a vida. Sempre que volto para casa, depois do trabalho e da academia, eu opto por uma estrada mais calma, com uma paisagem mais tranquila, onde sigo a direita nos meus 80km/h justamente para pensar na vida. Foi num desses pensares solitário no início da noite que me vieram questionamentos sobre mim e minha relação com o mundo num contexto geral: pessoas, lugares, historias e como todos estes aspectos se fundem e me tornam viva. Aí me dei conta de várias coisas de alma e me percebi poeta. Sim, me percebi com alma de poeta, daqueles bem sensíveis e atentos às questões de dentro, que platonizam, observam e não tocam. Apenas veem, interpretam e transbordam no papel suas visões. Me dei conta de que alma de poeta é uma alma que absorve, olha profundamente, estuda, se encanta e se espanta mas não toca. Vive dentro do seu mundo inserindo cada vez mais o mundo dos outros no seu contexto s

De repente...coisificado.

De repente me deu uma tristeza. Talvez uma um pouco mais abrangente do que as tradicionais dos últimos tempos. Uma sensação de vazio. Alguma coisa provocada pelo descaso das pessoas com o próximo, seus sentimentos. A gente não tenta mais consertar o quebrado, corrigir o erro ou voltar e começar tudo de novo. A gente simplesmente deixa de lado e vai buscar algo novo. Como se aquilo que se "quebrou" perdesse o valor, a importância, o sentido no primeiro manifesto que não vise nossos interesses. Sei lá... hoje fiquei triste. Por mim que também sou assim, pelos outros e por aqueles que são atingidos por este tipo de... coisa. Não queremos ser coisas mas tratamos o outro como se fosse descartável. Não queremos ser, mas somos. Coisificados todos os dias e de tanto que isto acontece, aprendemos a coisificar também.