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Mostrando postagens de julho, 2018

Primeiras impressões

É engraçado como que de alguma forma fere a realidade numa segunda-feira pós uma imersão idílica num passado que me foi caro, longo e prospero em aprendizados e lembranças. Acho que a$s reminiscencias daquela época que nem meu corpo e nem meus sentidos tocam, ainda permanecem vivas e ativas povoando meu imaginário em filmes e agora em encontros. Isso me faz pensar novamente no taman da força do amor e dos laços que esse amor cria e perpetua de eternidade em eternidade. Tamanho poder que vibra e nos guia para aquilo que nos foi caro. Sempre me senti uma pessoa de uma época que não é essa e quando me vejo aqui, olhando essas pessoas correndo, arrumando suas mesas e discretamente cansadas das mascaras pesadas que carregam, penso em quão feliz eu sou por ter essas memorias, essa verdade desvelada de meus dias e a possibilidade de tocar um pouco nessa saudade de maneira real e natural, através de lugares e pessoas tão mágicas quanto eu. Esse universo novo que se revela é

Retornando

Final de semana especial. O Larp com certeza e em todos os sentidos foi a melhor experiencia que já tive esse ano. Me senti a vontade, livre e conectada com a natureza e as pessoas ao redor. Uma atmosfera muito legal e eu curti cada minutinho e não me senti deslocada, triste, saudosa ou qualquer coisa que seja parecida com esse turbilhão de coisas que se passam na minha mente nessas ultimas semanas. Alguma coisa já se curou aqui dentro.Algo grande o suficiente para o tempo e espaço sairem da trégua de luto que estava vivendo e voltar a programação normal. Intuo fortemente que esta semana será de grandes e inesquecíveis aprendizados. Já senti algumas prévias de coisas que irão acontecer, entendo as decisões que tenho que tomar muito embora, das tantas que devo poucas consigo atinar qual a melhor saída. Retornando a fluência da vida e não posso deixar de repetir quão delicada a forma como os deuses conduzem as coisas até aqui. Percebo claramente que nunca, em momento e circun

A mágica de ser

É muito interessante o ir e vir de tudo e todos. Neste exato momento me conecto com cada um dos seres que se conectam comigo e seguimos separados onde quer que estejamos, vivendo nossas realidades exteriores ou interiores de forma solitária e única. Ainda assim, seguimos juntos. Independente de matéria orgânica coabitando o mesmo espaço físico, seguimos juntos, inteiros e integrados.  Ainda que exista tempo e espaço que impeçam nossa percepção de conexão, inconscientemente em cada desejo, lembrança ou saudades estamos próximos a ponto de toque, mas nossos sentidos velados não absorvem a pureza desses momentos e sofre como se fosse ausência. Neste exato momento, com a sala cheia de risos, falas e decisões eu me sinto integrada no meu ser e com os meus. Consigo sentir na energia etérea que passa dentro de mim todas as minhas conexões de amor deste e de outros planos de forma gentil. Nesse pequeno fragmento de tempo em que a lucidez da unicidade tomou conta do meu

Poética

Não posso dizer que sou uma pessoa mega culta. Não leio grandes autores e não sei discorrer sobre um contexto, um autor ou uma idéia de vanguarda de escritores que percursionaram algum aspecto intelectual do mundo. Sou nerd e minha inteligencia uso para coisas nerds...hihi Mas entre Tolkien e Martin eu tenho meus rompantes mais clássicos e amo uns caras: Shaekspeare, Garcia Lorca, Fernando Pessoa, Kafka mano véio, George Orwell (só os viajandôes) e dois em especial que a meu ver são  incompativeis e poeticamente perfeitos juntos: Neruda e Nietzsche. Hoje acordei Nietzsche então falarei do meu amor por Neruda em outra ocasião. Esse cara escreveu um livro que eu como aquariana, louca e "bruxinha" amo em particular: A Gaia Ciencia. A grosso modo ele faz algumas criticas em forma de aforrismos sobre vários aspectos relacionados ao universo metafisico da coisa toda e especialmente hoje, com toda essa loucura que acontece dentro de mim e ao redor, me remeteu

Resfriado

Acordei com dor de garganta e com os sintomas de resfriado bem mais evoluídos... E amanhã eu teoricamente acamparia... Chove e faz frio e essa combinação em um corpo debilitado por resfriado ou rinite alérgica (não sei exatamente o que seria isso que está acontecendo no meu organismo) é receita para piorar. Hoje já pensei em não ir, mas seria triste pois fiz minha caracterização com carinho, comprei um monte de coisas legais para esse momento e amanhã simplesmente não vou... Acho triste. Por outro lado penso em não acampar e voltar de táxi quando acabar o lance lá...pelo menos garanto a cama quentinha e o chuveiro descente... sei lá... Hoje estou "protelando" algumas viradas de chave mentais que preciso dar. É engraçado que meu corpo todo, mente e espirito aguardam essa decisão mas é meio complicada. De ontem para hoje algumas coisas marcantes aconteceram e eu só me observo. Na verdade hoje especificamente, não sei se pelo corpo doente ou pelas decisões que não qu

Explorações

Ontem acordei atrasada, desenfreada e relativamente bem. Treinei pela primeira vez de armadura por quase duas horas e o resultado foi uma baixa de pressão e falta de ar...mas percebo que dia a dia entendo melhor os movimentos e me alinho um pouco mais com a energia do local. Sinto algumas coisas acontecendo dentro de mim. Energias mudando de forma intensa. Sinto que uma nova fase se aproxima cercada de desnorteamentos pois vou para lugares que nunca pisei antes. Começou esse movimento desconsertante e intenso. Não sei como lidar com as emoções exacerbadas da novidade e do luto da Boolie. Estou indo para um lugar de mim que nunca fui. Entendi a tarologa... e confesso que pela nebulosidade dos meus ultimos sentimentos, sinto um pouco de medo pois parece abismo onde vou entrar. Há um aspecto dentro de mim que diz que é seguro e tranquilo. Ele já esteve lá antes. De certa forma isso me deixa menos apreensiva. Estou indo abrir a porta. Talvez pelos próximos dias existam histór

Nada vai mudar isso

A tríade e o aquário

Ontem foi mais tranquilo. Correrias, desafios, encontros surpresas e peixinhos no final do dia. Parece que todo peso do final de semana foi ficando para trás para dar lugar ao cotidiano velho conhecido, ainda que cheio de novidades. Acho que meu problema está em estabelecer etiquetas que me impeçam de ser eu mesma e ficar em casa muito tempo. Ainda que não me sinta claramente afetada pela falta da Boolie, ficar em casa me tras um certo aspecto depressivo. Fazem dois dias que não durmo direito. Tive uns sonhos pesadelos, incômodos que eram legais e terminavam ruim. Vou me observar essa semana com relação ao sono...Ficar sem dormir para mim é muito complicado pois altera totalmente meu metabolismo de forma muito negativa. Nunca imaginei que o estado de luto fosse tão abrangente no sentido de envolver todos os meus sentidos e partes. Fisicamente não durmo bem, psicologicamente há uma indisposição da minha parte para me tolerar fazendo coisas ou cumprindo etiquetas, energeticamen

Reflexões insones

Não dormi quase nada. Fiquei jogando conversa fora, com dor de cabeça, pensando em como incomodada eu me encontrava e decidi ser sincera comigo mesma: Não gostei do sábado pois não consegui ser eu mesma e criar uma outra pessoa para se encaixar em um grupo me custa um esforço que hoje não sou capaz de realizar. Resultado disso foi frustração, sensação de inadequação e uma baita dose de insegurança (o lance do senpai). Detestei receber o "Oi" do ex exatamente as 5:55 da manhã que para mim é uma hora mágica e gostei menos ainda das ideias que ficaram povoando minha mente por conta desse cumprimento. É como um voltar no tempo macabro que tenta repetir exatamente as mesmas intenções e ilusões sobre uma coisa que já está resolvida. Dele preciso de distancia. Sigo triste e com saudades da Boolie. Hoje de manhã chorei e sigo meio chorona. Queria ficar em casa mas hoje não é um bom dia para ficar para dentro. Preciso me distrair para não enlouquecer. Saudades também da idei

Sobre incomodo e invasão

. Imensa dor de cabeça. Sabe que me lembra aquelas rebordosas que me dava quando eu saia em baladas, voltava tarde, comia mal e acordava tarde. Mas não fiz nada disso ontem. Ontem foi um dia cansativo e cheio de pessoas ao redor. Nem escrevi nada pois estava atrasada pela manhã e hiper cansada pela noite. Mas hoje, descansada, com as coisas domésticas quase em ordem eu me sinto extremamente incomodada e talvez por isso, este post seja um dos mais longos do período. Ontem treinei o dia todo e foi muito bom pois minha performance melhorou consideravelmente e isto me deixa feliz. Entendi o ritmo, as energias antigas que envolvem os dojos e meu corpo começou a aceitar os movimentos com mais leveza. Até o Senpai me treinou por uns tempos. Baita honra visto que o respeito muito como Senpai e como pessoa...e amo a mãe dele tbm. O treino sem duvida alguma foi muito bom mas acho que não estou ainda preparada para o coletivo. Eu ainda estou introspectiva e ontem muita gente nova o

Raiva

Hoje é sexta-feira. Ainda bem. Ela traz a promessa de ficar mais dentro de mim mesma, envolvida em meus pensamentos e historias interiores. Entender um pouco mais desse novo universo que me tornei. Estou com raiva. Raiva de mim. É engraçado estar com raiva pois ontem na dança isso ficou tão emocionalmente transparente. Meus pulos leves, controlados, cuidadosos quase que como o de uma bailarina. Controle. Raiva controlada. Fico pensando e exercitando dentro de mim essa emoção. Teve um gatilho que sinceramente talvez não seja o motivo real e único dessa revolta toda dentro de mim. É engraçado como a gente é maluco, como já diria meu professor. Eu tenho raiva. Sei que é de mim. Mas existe um outro que me faz enxergar essa raiva de forma cristalina e por isso não quero vê-lo, nem ter qualquer tipo de contato. Tenho raiva de mim por ser irritantemente espontânea (para mim); por ter me deixado compartilhar as emoções mais sensíveis destes últimos dias com as pessoas ao redor e em

Resignificados

O ontem passou. Custei a dormir e só tinha poesias na minha cabeça. Tudo estava meio entorpecido e em tons pasteis, mas depois que dormi acordei exatamente na mesma posição e sonhei que havia perdido a carona. Ontem o dia inteiro foi intenso. Rever a psicóloga e falar com ela das coisas que estão aqui dentro sobre a morte da Boolie, as impressões da falta de vivência do luto da minha família e consequentemente o entendimento do que tudo implicou e implica até hoje nos meus dias é grande e eu não sei lidar. Contei para ela dos meus planos de auto resgate, minhas aulas de vedanta, kenjutsu e dança; sobre o larp e minhas incursões à culinária e percebi que ela ficou tranquila no que diz respeito a depressão, mas eu sei que tem dois lados e esse excesso de atividades que me propus a fazer também podem ser prejudiciais. Por conta disso, combinei com ela que as férias acabaram e este mês vamos nos ver toda semana. Não quero sinceramente perder essa lucidez que adquiri e pre

Sobre amor, paixão e gostar

Vou escrever antes de dormir. Quero falar de amor. Talvez não exatamente amor mas afeto. Do mais puro e genuíno que se pode sentir por alguém. Boolie que me de licença mas preciso falar de humanos nesse momento... mas talvez eu também fale de paixão. Eu gosto. Aprendi a gostar despreocupadamente talvez a um ano, quando comecei a estudar Vedanta. Entendi finalmente que amor é liberdade. A gente não ama para ter mas para ser. Aprendi a gostar do sentimento e gostar do outro de forma empática. Foi libertador. A uns meses atras eu rompi com alguém. Foi tranquilo, sem traumas ou tristezas. Apenas desconexão. quando me dei conta que não havia mais dialogo para ser criado sem que houvessem cobranças vãs, daquelas que a gente faz quando quer que o outro seja como nós planejamos, resolvi cessar e dar a distancia necessária para que cada um de nós seguíssemos nossas vidas. É esquisito dizer isso mas eu o amo e amarei para sempre. De uma forma muito mais humanística do que romântica. Eu

Uma semana

Uma semana que a Boolie partiu. Hoje, a sete dias atras ela virou estrelinha, como comumente se fala nas redes sociais. Eu posso afirmar que estou melhor. me conectei com minhas gatas e voltei a "ser feliz" mas nao tenho certeza se também não estou mentindo para elas assim como estou fazendo com as pessoas que me relaciono no dia a dia. A diferença dessa mentira, se ela estiver existindo, ´e que as gatas sacam e o povo ao redor não; Espero que elas me perdoem por não estar conseguindo ser inteira com elas. Hoje vou na psicologa. Nem tenho ideia  de como vai ser pq aparentemente superei e nem choro. Tenho medo desse silencio. Não quero represar nada, nenhuma emoção. Se eu olhar para casa, agora, com olhos de ver. Consigo perceber a Bolota em todos os lugares. Ela tinha mais toquinhas do que todas as outras meninas. E ela sempre estava tão quietinha, deitadinha dormindo... E eu achava que era a idade (que não deixava de ser) enquanto na verdade era a morte iniciando s

Chuva fria

Chove lá fora, meu pão cheira queimado no forno e eu não tenho ideia de que roupa vou colocar para trabalhar. Ontem fui bem bonitinha e hoje estou com vontade de repetir a cor, azul marinho, num contexto galocha, jaqueta termica e jeans...Nada glamouroso. Ontem chorei bem pouco, almocei com um colega e ri. Consegui marcar psicologa para amanhã e tudo me parece mais possivel hoje. Voltei a pensar em partidas, em seres que vem e vão de nossas vidas e deixam um legado importande de aprendizados e experiencias. Vivo alguma coisa parecida com um humano essa semana. Mas a vida dele segue pulsante e colorida...Nesse caso é a distancia mesmo que irá acontecer. Eu sigo teimosa em aceitar essas partidas, sejam elas em que nivel for. Não sei se essa resistencia toda é normal no ser humano ou se sou eu que na minha orfandade adolescente, desenvolvi apego demais e medo demais de perder aqueles que amo...enfim... Hoje, contrariando todas as insanidades possiveis que esta minha mente po

Da ironia das emoções

Cinco da manhã novamente e agora está claro para mim que troquei a meditação por "escrevinhação". Meu professor de vedanta fala que nem sempre a meditação é para a gente ou para aquele momento da gente e, talvez eu esteja nesse momento de precisar falar e não silenciar. Tem um volume imenso de emoções e energias estranhas andando por dentro do meu corpo. talvez o fato de estar no segundo dia de menstruação e ter um utero triste enlutado, também ajude a bagunçar um pouco mais as coisas aqui dentro. Sempre pensei demais. A vida toda. Desde que me conheço por gente. Sempre precisei de respostas, de racionalização e fatos para compor meus dias e me vejo sem possibilidade alguma de agarrar a logica e razão desses sentimentos todos. O engraçado, para não dizer irônico, é que o fato da morte da Boolie acordou muito mais do que uma tristesa pela não presença dela nos meus dias. Me tirou alguns véus de ilusões e está, talvez pela fragilidade emocional que me encontro hoje,

Fazendo de conta

Ontem eu me calei. Não dividi com ninguém minhas lamurias chatas e desconexas. Entrei para dentro e fiquei comigo mesma entendendo a minha dor e quando aparecia alguém falando alguma coisa eu fazia de conta que era feliz. Esses dias e as aulas de vedanta estão me fazendo ser muito mais espontânea do que já sou. Resolvi aqui dentro que esse luto seria dividido com os meus mais queridos amigos e familiares, mas talvez esteja pesando a mão e depositando nos meus coisas demais. Não quero ser chata e me sinto chata e descontextualizada da vida. Não quero, hoje estar contida nessa rotina... Só não quero ser uma overdose de lamentações e chatices e acho q alguns feedbacks menos pacientes me mostraram que talvez estivesse ultrapassando limites. Não fiquei chateada com as "repreensões" pelo contrário. Me fez perceber que há um limite sadio entre dividir e ser invasiva e sinceramente, nunca fui invasiva e não é nesse momento que pretendo começar a ser. O engraçado disso tudo

Boolie Boolie

Ok, são cinco da manhã e acho que preciso escrever. Pensei que me daria bem com podcasts sobre meus pensamentos confusos e complexos mas acaba por ficar claro dentro de mim que a escrita é mais segura, fiel e transparente. Talvez até, nesse período de luto que vivo eu não medite as cinco da manhã mas escreva tudo o que sinto por aqui. Para entender, absorver e dividir um pouco dessa dor desconhecida não pela sua novidade mas pela sinceridade em vive-la que hoje, me propus a sentir. Sempre, desde que comecei a perder meus familiares, penso na morte como uma passagem, as vezes eu a personifico de acordo com os conhecimentos xamanicos que adquiri e penso nela como uma companheira que desde o ato do nascimento te guia e quando chega a hora te toca. E quando toca é implacável pois você vai com ela. Irresistível, certeira, mágica. Cada um de nós tem um aspecto seu como companheiro pessoal ao longo da nossa existência. Penso que a morte tocou a Boolie e ela partiu. Eu, no alto d

A poesia do resumo da semana

Vai vendo: Minha gata morreu; Roubei um beijo agachada em uma loja de peixes; Comi queijo plástico e comida crua que não era sushi; Vi peixes tubarão brincando e sorri; Ouvi Matanza e ACDC como se não houvesse amanhã; Desidratei de tanto chorar; Ouvi All the stars do Obi e Trevo da AnaVitoria segui na desidaratação lacrimal; É sexta-feira 13 e não tenho mais uma gata preta para proteger; Perdi a fome e todos os meus podcasts "super cabeças" que fiz porque o SD do celular pifou; Gastei mais do que podia em nome do amor; Perdi o sentido e o rumo mas achei numa esquina e trouxe para casa; Joguei tarot, xadrez e lembranças fora; Grampeei dinheiro em papel;  Fiquei sexy de corselete medieval; Não fiz as unhas e nem usei maquiagem;  Não fui treinar; Assisti a primeira aula ao vivo e na hora com a minha turma; Falei com o ex; Emagreci e corro o risco de ficar novamente sem calças jeans para vestir; Chorei de soluçar quando entrei em casa a