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Sobre incomodo e invasão

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Imensa dor de cabeça. Sabe que me lembra aquelas rebordosas que me dava quando eu saia em baladas, voltava tarde, comia mal e acordava tarde. Mas não fiz nada disso ontem.

Ontem foi um dia cansativo e cheio de pessoas ao redor. Nem escrevi nada pois estava atrasada pela manhã e hiper cansada pela noite.

Mas hoje, descansada, com as coisas domésticas quase em ordem eu me sinto extremamente incomodada e talvez por isso, este post seja um dos mais longos do período.

Ontem treinei o dia todo e foi muito bom pois minha performance melhorou consideravelmente e isto me deixa feliz. Entendi o ritmo, as energias antigas que envolvem os dojos e meu corpo começou a aceitar os movimentos com mais leveza.

Até o Senpai me treinou por uns tempos. Baita honra visto que o respeito muito como Senpai e como pessoa...e amo a mãe dele tbm. O treino sem duvida alguma foi muito bom mas acho que não estou ainda preparada para o coletivo.

Eu ainda estou introspectiva e ontem muita gente nova orbitou meu dia com conversas que não tenho certeza se deveria ter participado e comportamentos que não sei se poderia ter tido.

Acordei incomodada por ter comentado de uma vaga de trabalho para um colega de maior hierarquia que eu no treino e a vaga era para trabalhar comigo. E ainda falei que sou chata no trabalho... espero que ele não esteja me considerando arrogante. Na próxima vez que vê-lo pedirei desculpas pela abordagem...sei lá.

Talvez eu tenha dado um fora que está me incomodando pois a fala foi muito minha e sinceramente ainda não me sinto a vontade de ser eu dentro dos dojos pois acho que meu jeito absurdamente italiano não condiz com a etiqueta samurai. Por conta disso, tento me calar a maior parte do tempo, mas quando dirigem a mim uma pergunta eu não consigo não ser eu.

Ontem cheguei em casa tarde e fiz umas comidinhas bacanas e fui dormir muito cedo.

Hoje as 5:55 recebo um "Oi, bom dia" do ex comentado em um post anterior. Não entendi o aprouch, respondi bom dia e fiquei pensando por quê ele veio me dar bom dia. Possivelmente estava chegando do trabalho, talvez meio bêbado e quando a gente tem um pouco de álcool na cabeça e um celular na mão tende a fazer "caquinha".

Isso foi suficiente para dar um nó na minha cabeça e me fazer criar mil universos, hora românticos e hora apocalípticos. Para ajudar essa semana todas as fotos que eu havia deletado dele voltaram para meu celular quando reiniciei um aplicativo.

Confesso que quase me entrego as ideias românticas que ficam pairando na minha cabeça. Imagino a gente voltando, namorando de uma forma muito mais legal que antes, ele indo no treino, nas minhas coisas que curto e a gente descobrindo N coisas novas em comum e tudo fica tão absurdamente rosa e cheio de coraçõezinhos que até assusta.

Depois eu respiro, procuro centrar no meu eu real e vejo que não. Não é isso e nem é por isso que ele veio cumprimentar pela manhã. Não o quero nos meus dias mais pois realmente não temos muitas coisas em comum e esses sonhos românticos que fiquei devaneando entre uma soneca e outra são parte de uma vontade de que ele fosse do jeito que eu queria impossível de acontecer. Aí dá uma baixada nas expectativas e eu volto a ficar sã.

Mas eu tô incomodada e invadida. Acho que são bons termos para a causa. Incomodada porque ontem foi bom mas foi ruim por ter contato com novos humanos em demasia e em profundidades que não soube lidar. Invadida pois ainda hoje coisas que fogem ao meu controle que tem seus gatilhos em mim ou fora de mim, incomodam e não sei lidar.

Na verdade, acho q definitivamente ainda não estou preparada para o mundo. E final de semana que vem tem mais imersão em contados com pessoas totalmente diferentes e novas. Mais invasão e incomodo. Pq me sujeito assim? É a vida, não é mesmo?

É como a bolha do meu pé que nunca fecha pois sempre estou repetindo os movimentos que a feriu. Vou por a atadura e um mertiolate nos meus sentidos e seguir como se nada tivesse acontecendo por aqui.

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