Pular para o conteúdo principal

Entendi...

Sou uma pessoa muito prática. Racional e prática. Tive que aprender a ser. Talvez às custas de sufocar uma série de irracionalidades e complicações, mas saiu uma criatura assim como eu e serviu bem e com louvores até agora, à causa chamada viver.

Só que uma hora a chaleira apita, fervilham as emoções e como elas não tem controle quando não se conhece, é sinal que a hora de vesti-las e deixar-se envolver chegou. Alguma coisa parecida com uma lagarta que vira pupa e depois luta para sair do casulo e se tornar borboleta.

Ainda que tudo seja diferente, um universo ainda não mapeado e desvendado por mim, onde os caminhos, comportamentos e atitudes eu sequer sei quais usar, tô indo. Acho até que as emoções tem sido bastante gentis com esta novata no ramo, revelando-se de forma suave e firme. Assustam pelo tamanho e pela independência que possuem mas por outro lado, tem seus aspectos gentis.

Talvez eu tenha buscado esse encontro com o "irracional" e "não prático" durante toda a vida e sim, mesmo treinando arduamente minha mente e meus pés para trilharem o caminho oposto, era exatamente onde eu deveria ter chegado agora. Sem nenhum minuto de atraso, ilesa e com a ignorância de uma criança que precisa aprender um "beabá".

Estou artística. Talvez por conta disto estarei mais vezes por aqui. Larguei um pouquinho os axiomas, as teses e as heurísticas para estar em estado de arte. Expressando a mim mesma e as coisas que verdadeiramente acredito através, veja que incrível: musica e livros.

Eu que pensei que o caminho das mulheres era a pintura e o artesanato, talvez esta não seja minha arte. A arte que transforma e transmuta. Minha arte tem que ser talvez mais complexa e exigir um pouco de matemática e talvez física para que eu não me sinta tão perdida dentro destes novos modelos de ver a vida.

Quem sabe um dia, quando eu conseguir viver tranquilamente com minhas emoções eu venha a ser artesanal. Mas este não é o meu objetivo. Antes de ser artesanal eu quero ser inteira e presente. Ainda que eu leve mais 30 anos para chegar a esta consciência.

Isso muda tanto... muda tudo... mas nada sai do lugar. Apenas eu que poderei ir mais longe e mais profundamente para dentro de mim. Sem medo de me machucar e sem precisar de ninguém me ensinando o caminho.

Estou com Minerva. Morigan fica olhando essa tua filha, que sabe o seu oficio, travar outras guerras.

Postagens mais visitadas deste blog

Estou empolgadíssima: Tõ lotada de trabalho até a próxima encarnação, meu namorado não gostou da idéia de eu me filiar a uma sociedade local que protege animais. Tá. Isso é chato...mas a ideia de fazer o cartão de natal está me motivando...adoro criar...adoro...adoro!!!
<img src="http://br.briefcase.yahoo.com/bc/iris_ferrera/lst?.dir=/siteiris&.view=l>

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que ans