é sempre tranqüilo, bom pra escrever. Principalmente quando se faz necessário escrever.
To lendo um livro que conta algumas lendas indianas.
Adoro os hindus...povo sábio que precedeu a sabedoria da vida eterna. excessivamente interessantes e místicos.
Não todos claro, mas a essência milenar é uma realidade. E não é segredo pra ninguém que a íris aqui é
muito das estranhas e cheia de simbolismos que beiram toda tradição
oriental de cultura religiosa.
Não tenho religião. Mas sigo determinadas doutrinas.
Um conto Hindu. Por mim:
Houve um desses sábios hindus que um belo dia, em seus ensinamentos, falou a respeito das mais conhecida e almejadas, opções de vida.
Ainda que esta tenha vindo recheada de parábolas e citações estranhas e incógnitas:
Há duas maneiras de você alcançar a plenitude - ele disse - ambas precisa andar do lado certo, fazer as coisas que tem de ser feitas pela sua passagem e não se perder em meio às vicissitudes diárias.
Você quer amor e quer paz, os dois não caminham juntos.
Não nesse mundo. Nesse mundo você pode ter paz com bons amigos, dignos trabalhos. Ainda assim, te abaterá uma solidão atordoando o coração. Sentirá frio e medo. Mas, ainda assim estará
em paz pois bons espíritos sempre ajudam.
Siga a meditar e conseguira novamente o estado que buscou. E findará seus dias solitária, embora cercada de todos os afetos e cheia de boas conquistas. Chorarão sua morte como nunca. Você morrerá só e desconhecida, perderão o pó dos seus ossos mas a alma será elevada a graus de luminosidade nunca imaginados. Todos os dias serão repletos de novas conquista dentro dos teus propósitos e sua sabedoria crescera à medida que sua moral se eleve.
Terá inúmeros mestres a orientar suas variadas aptidões, e sempre reinará simpatia onde quer que passe. Não terá inimigos declarados.
Quanto ao amor, furtivo e eterno, de almas ligadas pela dinastia milenar, este não trará conforto e paz, mas dores e medos, cercar-te há
nuvens negras por todos os dias mas nunca estará se sentindo só.
Haverão inimigos declarados a sujar seus dias de sangue.
Pairará ares pesados e densos e a incerteza será seu guia até o fim desses capitulo terrestre.
Terá conforto no coração, pessoas que lhe estimam muito preencherão seus dias e sua vida será uma constante daptação
às maneiras alheias. E você acata pacientemente pois isso é característica do amor.
Não será sabia e seus mestres lhe ensinarão a respeito das nobrezas do caráter e espírito, mas nunca irá se aprofundar a nenhuma delas pois seu tempo será dividido entre cuidar de si própria
e sua construção, e a do objeto amado.
Será rica e feliz ao mesmo tempo pobre e triste. Enfrentará frios dissabores, haverá pranto no mesmo grau que rangerão seus dentes.
Não estará só. Nunca passara momentos sem abraços e manifestações físicas de afeto.
Morrera cercada de amigos e o funesto momento do dispersar das cinzas desta sua existência será repleto de tristeza e saudades dos teus entes.
Chegara a outros mundos com glorias de uma heroína...mas voltara em breve a nova carne, buscando a paz, que lhe trará, finalmente a definição
exata da tua busca. O amor, que sem paz não serve a esse mundo. Serve a outros nirvanas existenciais que desconhecemos.
Esse amor que todos querem aqui é pequeno e defeituoso. Quase não existe mas buscam ignorantes da verdade a respeito deste nobre sentimento.
Aqueles que voltam em busca de paz já conheceram as guerras do amor e hoje tem a mente tranqüila para seguir os caminhos que nunca desvendaram em outras oportunidades por fraqueza.
Lembre-se. Querer o amor, ainda sem paz, não acharas. Busque dentro de ti, na essência, se não encontrar, é porque não o tens. Para adquirir, é preciso viver. Ainda que chorar tem que viver.
Se, pretéritamente já o adquiriu, esqueça essa busca e vá em paz, pela paz. Esse mundo é pequeno demais para abstermo-nos a amar um amor que é curto e vago. Vá em paz. É contigo.
Escolha dentro do seu coração, e aceite as conseqüências desta.
Hum...nada como escrever. Ainda que viagens...tudo tem um pouco de credo e de razão.