Pular para o conteúdo principal
Então, levemente mal humorada ela levanta da cama e verifica que seu celular permaneceu da mesma forma que na noite anterior. O quarto também e o pior de tudo, o frio que desanimava a ducha quente da manhã também era o mesmo.
"Seria tão bom se o banheiro todo ficasse numa temperatura de 27º apenas no momento do banho" - ela pensa e segue sua rotina ridícula mas fundamental.
Na frente do seu micro, observa as cenas da madrugada anterior, pessoas que passaram, pessoas que somente clicaram rapidamente em seus materiais virtuais e não entendendo nada, saem furtivamente para não serem descobertas pelo registro. Outras pessoas, menos ocupadas passam e deixam mensagens dignas de pena, ela pacientemente vai até sua origem, verifica e deleta - "Não hoje, eles definitivamente não vão me irritar" - embora o mau humor continue ela ri do fato de existirem tantas pessoas que perdem seu tempo achando que "provocam" quem nem lhes diz respeito - "Lugarzinho mais provinciano...ninguem trabalha nessa terra não?" - continua a inventar seus textos, fazer seus planos e seu mal humor logo se acaba, afinal, o chato mesmo, que ela sempre diz um dia mudar, é a teórica maneira de viver com funções, cotidianamente igual.
Quando ela está lá, no "figth" diário, tudo começa novamente, e nada fica igual.
Algumas coisas perdem a importancia como o banho quente e a intrusa criadora de caso. Outras adquirem importancia ímpar, como por exemplo, viver o dia o mais intensamente possível antes que ele acabe novamente e o telefone não toque.

Postagens mais visitadas deste blog

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que ans
Estou empolgadíssima: Tõ lotada de trabalho até a próxima encarnação, meu namorado não gostou da idéia de eu me filiar a uma sociedade local que protege animais. Tá. Isso é chato...mas a ideia de fazer o cartão de natal está me motivando...adoro criar...adoro...adoro!!!
<img src="http://br.briefcase.yahoo.com/bc/iris_ferrera/lst?.dir=/siteiris&.view=l>