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Hoje eu olho um céu sem estrelas.
Cheio de nuvens e com uma chuva fina e constante caindo, lavando pegadas, molhando o seco e frio horizonte.
Já é dia embora a paisagem seja tão noturna, quieta.
Pessoas furtivamente passando pela minha frente, cheias de gotas dessa água que vem do céu e, de uma estranha forma lavam meus pensamentos, delitos, sonhos...e me faz limpa.
Mas essa assepsia toda me desgasta, corrói e me deixa vazia.
É como se toda minha constituição fosse feita de sujeira e pó. Não sobrando nada mais digno, novo e limpo dentro de mim.Um dia foi, hoje não mais.
A graça disso tudo é que ninguém vê, nada percebem.
E assim, sigo meus dias me arrastando nesse oco e imenso lugar onde insisto em viver: Aqui, dentro de mim, nessa transição infinda de toda sorte de sonhos rotos e inalcançáveis.
Cá dentro, onde se confunde o vazio da limpeza dos ideais e o emaranhado e abarrotado mundo de sujeiras fictícias, que me fazem infinitamente melhor, mas que nunca me levarão a lugar nenhum.

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Solidão

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