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Novamente, numa intensidade menor, to ouvindo Creed. Ontem foi bacana. O evento é meio chato, na verdade, até que não é. Sou eu que não levo jeito para ficar parada observando movimentos...sou agitada demais para isso.
Alias, em falando em agitação, acho que meu inferno astral de idade impar é algo reflexivo e não trágico.
Ontem, sem querer, conheci um lado meu que desconhecia. Achei estranho alguns movimentos internos, umas conclusões, reflexões.
Lembrei muito da minha temporada em Juiz de Fora. Aquele inverno foi muito significativo pois saia de uma fase muito stressada, onde até fobia de pessoas eu tive...credo...foi um horror.
Mesma época que acabara de conquistar uma diretoria da empresa que trabalhava (concorrente direta da Tubos e Conexões Tigre) e que comecei a desenvolver apostilas para um spa e acabei ganhando o tratamento completo...Mas tava tudo muito pessado na epoca. Também, estava sozinha em Sampa, 18 anos, quase executiva e o pior, sem minha irmã que é tudo de mais importante que eu tenho (hoje ela anda muito sumida e malvada, mas mesmo assim sou sua fã número 1).
Tá, aí eu larguei tudo, catei meu cartão de crédito, meus talões de cheque (na época eu era quase uma executiva né? Tinha que ter férias a altura...hehe), eu acho que já contei isso dia desses...mas, tá. Tô a fim de contar novamente.
Well, ai a Dinha (minha nada fofa irmã), que tava no internato nessa época, voltou e foi fazer uns trampos lá em Juiz de Fora e eu fui junto...me pareceu uma boa idéia fazer trabalhos voluntários e ganhar uma graninha extra.
Mas era patético eu no meio daquela galera engajada. Toda pati, total workaholic, batendo de porta em porta das casas levando informações de saúde. Minhas Roupas eram nada a ver. A da Dinha tb, mas ela tava acostumada.
Tá, tinha uma puta galera de todo canto do Brasil, das mais diversas culturas e habitos, dos mais diferentes niveis socio-economicos e cada uma com uma historia singular.
Há...muito engraçado. Nos primeiros cinco dias eu quis morrer e voltar o mais rápido possível. Só gostei da nossa "lider" que falou que eu parecia ter 16 anos...essa foi a parte mais fofa. Mas eu devia estar com uma cara de assustada do caramba, por isso.
Passaram-se os dias, fui fazendo amizades e como sou espontânea e falo muuuuito logo todo mundo já vinha me contar da sua vida, minha irmã pra variar ficou com ciumes e a gente nao mais trabalhava junto pois a gente nunca trabalhava. Comiamos muita comida vegetariana. Nessa época ganhei vários campeonatinhos de daytona nos fliperamas da vida (era ótimo!), paqueramos muuuito mas como sou timida, pra variar não virei nada, ao contrário da Dinha...hehe. Depois que conheceços a Georgia, que vinha diretamente da America para o México e resolveu passar por lá pra ganhar uns trocos...ai que tudo entornou mesmo...só alegria, pela manhã ajudavamos as pessoas e a tarde era só passeio, muitas risadas, momentos muito importantes e até me ajudou no ingles que ia de mal a pior.
Os quase 4 meses acabaram, eu cresci, cantei, sorri, me curei por dentro e tive que partir. Daquelas pessoas extremamentes significativas na minha vida, mas que me lembro de poucos nomes, nunca mais tive notícias. Da Georgia me resta a foto e a lembrança. E até hoje minha incursão pela Universidade de Monte Morellos se deu por causa dela, mas nunca mais a vi. Se é feliz, se são felizes e realizadas todas aquelas pessoas não sei. Desejo e espero que sim. Que tenham crescido e curado suas dores interiores como eu curei as minhas naquela época.
Foi a despedida mais difícil de toda minha existência. É como se eu fosse transportada do pais das maravilhas para o mundo real novamente. E foi assim pra Georgia e para todas as garotas e garotos que conviveram com a gente. Doeu muito deixar tudo aquilo mas, como tudo nessa vida tem cronometro, era dada a hora. E doeu.
Quase tanto quanto as mortes que me privaram de algumas pessoas importantes. Era uma morte. Uma morte de sonhos para renascer a realidade em bases sólidas e sadias. Mas passou. Duas, tres semanas depois eu estava sorrindo e brincando com a Loreta e procurando emprego né?! (foi demais essa minha estadia fora. Nem o melhor curriculo do mundo resolve...sem contar o estouro no cartão de crédito!!!)
E por que toda essa historia, se eu falava, a principio de movimentos estranhos dentro de mim? Simples. Ela se repete. Em intensidades distintas e motivos menores mas o voo é o mesmo. Do imaginario ao real. E percebo que sou muito boa para alçar voos, e que ninguem me impede de ir e vir, de ser livre, de ser eu e principalmente, de esquecer e recomeçar. Ainda que tudo pareça se acabar. Daqui duas, tres semanas, tudo volta ao normal, a casa se arruma e eu volto a ser assim, de nada, por nada e ao mesmo tempo, em tudo. Adoro-me...mas não tentem praticar em casa crianças. Pode ser peerigoso!
Hum...VOu ter uma coluna num site de internet bem famoso...Que fofo isso!

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