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papai do céu
vc é o unico pai que eu tenho e o amo muito. mas as vezes acho que vc tira uma onda com a minha cara. as vezes vc parece um grande e sabio anciao que me ensina o caminho da luz atraves das minhas trevas pessoas e trata com carinho todo meu andar. me mostra os perigozinhos e o principio do incendio. e faz manobras radicais na minha vida que somente o senhor pode fazer. valeu mesmo. e quando eu to no meu limite me mostra que minha vida pode ser importante para outras pessoas. valeu de novo.
mas tem vezes que eu acho que o senhor é um tipo intelectual, superdotado e sarrista que me ve no limite e ri com os olhos brilhantes e com um misto de amor e astucia, e me coloca no funil. até eu pedir socorro e dizer "é foda" (sorry dear daddy) ai o senhor pega e gargalhando me dá um dedo mindinho cheio de oleo de cozinha queimado (que eu odeio o cheiro) e me diz, vem ca meu bebe tao doce. papi. qual que é? me diga? preciso ir ver alá mais vezes? to meio de saco cheio e to querendo respostas. ou ao menos...sei lá.

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O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
look at there it´s funny!

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...