Pular para o conteúdo principal
Famigerado é o som que emana das tuas palavras.
Tuas bélicas cortes que usam não só o principio das dores,
mas de todos os males daqueles indefesos marionetes no teu jogo de poder.
Fere ao homem e não fere a alma.
Soltando fogos artificiais se diz premonitório.
Caoticamente previsto salvador sendo vingado por sua própria mão.
Nesse marasmo lento e precário,
Dispersam-se os valores substituindo a verdade vital pelas tuas versões tortas e vãs.
Omitindo em nome da tranqüilidade, preservando a herança vaidosa da tua casa, prosseguindo num lento apagar de culturas desinteressantes à tua causa.
Cruelmente designado por ti a sorver de todo aquele que te tocar, um pouco de ingenuidade e possibilidade num lento e amortecedor fim.
Até murchar e apodrecer tudo o que tua vontade não desejar.
E restar somente seus vassalos estúpidos e alheios a tudo que se refere humanidade.

Postagens mais visitadas deste blog

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
look at there it´s funny!

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...