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São muitas coisas...na verdade um emaranhado de emoções que insiste em se definir sem ao menos se expressar. Fome e frio não decifram um grama de tudo que esta acontecendo...onde estou? Quem sou eu? – ela se perguntava insistentemente depois de Ter voltado a si . ainda com a cabeça doendo por causa da pancada no meio fio, ela pode perceber que lugar estranho ela se encontrava. Tudo era simplesmente azul. Pessoas azuis despreocupadamente iam e vinham com vários aparelhos azuis de maneira apressada. Ela os acompanhava com o olhar e vez ou outra olhava para eu braço para se certificar de sua diferente tonalidade. Agora, mais pálida e lânguida que nunca, e se distinguia perfeitamente da pele azul pastel daquelas pessoas. Com o olhar investigativo aguçado ela, sem ainda Ter conhecimento de nada. Percebeu que ali era um local onde se abrigavam doentes e aquelas pessoas estavam lá justamente tratando deles e buscando a cura de seus traumas e doenças. Nesse intervalo de divagação surge um homem todo de azul em sua direção. Embora a diferença de raça fosse nítida ela não tinha medo, ao contrario. Sentia-se segura e confortável naquele lugar. Foi quando tentou se movimentar que percebeu que estava acorrentada e fortemente amarrada àquela cama. O médico logo percebeu sinais de nervosismo da parte dela e chamou a enfermeira que lhe aplicou prontamente uma injeção tranqüilizante. Nesse momento entendeu que ela era o ser estranho e ainda não conhecidamente estudado daquele local. E que sua aparência pálida lhes trazia medo e desconfiança mas quando tentou balbuciar alguma coisa já estava torpe por causa dos sedativos que ingeria.
Ainda que sedada, podia ouvir freqüentes ruídos estranhos que logo percebeu ser uma conversa inteligível e por vezes chegou a pensar que estava dentro de um sonho e tudo aquilo não passava de um delírio de cima de sua torre, em baixo de seus limpos lençóis em uma noite fria e chuvosa. Dentro dessa perspectiva adormeceu novamente e ao acordar, muito tempo depois, sentia muita sede e uma sensação estranha. Havia mudado de lugar. Agora se encontrava em uma sala vazia, de paredes azul e...começava a se perguntar quem era a pessoa estranha? Poderia ser ela mesma uma vez que passou toda sua vida naquela torre sem saber se as pessoas que transitavam lá embaixo eram azuis, vermelhas ou mesmo invisíveis. Tudo começava a ganhar outro sentido.

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Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que ans