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Doce outubro


E cá estamos nós, escrevendo um post no celular ( o que vai me render uma perda de produtividade na escrita violenta), totalmente introspectiva, poética e descontextualizada com as narrativas atuais.

Ainda que dispersa, acida e de certa forma belicosa para mim, pois deixei de lado a cristica e me vesti de poetisa, percebo que há um padrão de introspeção nos dias 6 de outubro.

Olhei esse mesmo dia, anos e anos atrás e vi poesia rexheadas de densidade e introjeção. Com o tom e tema que vivo agora, nesta hora e ano.

Há uma ciclicidade na minha dor que faz com que os primeiros dias de outubro sejam pesados e frios.

Hoje pesa e faz frio. Escuto Jewel, o primeiro álbum de 1995 que eu ouvia e idolatrava a 25 anos atrás. 

Me reconecta a dores antigas, algumas superadas e outras revisitadas neste exato momento em que gasto meus dedos escrevendo várias vezes a mesma palavra até acertar a gramática.

Hoje pesa e faz frio porque não caminho só. Tenho como companhia uma boa dose de sentimentos descompensados por conta do metabolismo do momento, que permite que baixem todas as taxas hormonais para liberar em sangue, aquilo que não foi fecundado.

Ouço morning Song e meu gato sobe no meu colo. O universo se reintegra em ondas de felicidade, lagrimas e afeto.

Nada do que sonhei quando ouvia essa música aconteceu. Eu aconteci. Melhor versão possível, mas nada sequer lembra alguma versão que sonhei ser.

Tá tudo bem? Sim, meu universo expandido se retrai nos dias 6 de outubro para me resignificar.

Talvez sejam ciclos se fechando. Ou talvez sejam apenas coincidências. Mas o fato é que não quer e não quero deixar de contribuir com os dados colhidos aqui nesta data e perder o padrão.

Está tudo bem. Apenas mais uma vez, estou poesia. 

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Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que ans