Pular para o conteúdo principal

Iris por mim mesma: A viagem

E cá estou eu mais uma vez. Há, no ar que eu respiro, nos meus movimentos leves e livres e nas paisagens por onde passo, uma novidade, uma vitoria, um suspiro de possibilidades.

Me tornei nova, modifiquei meu corpo e espírito e sigo modificando com o intuito de ser melhorzinha e ter um legado mais altruísta para deixar aos meus.

É engraçado que, a um ano atrás eu me lembro. Em um retiro espiritual em fevereiro onde eu me deparei com a minha unica versão. A real Iris sem máscaras, sem desculpas e sem possibilidades de ser plena.

Foram dias (quantos dias sem fim...) que eu chorei muito, fiquei profundamente triste com o que vi e me senti falha, incompleta de mim mesma e detestei cada nova nuance dessa Iris crua que se mostrava para mim.

Eu tinha apenas duas alternativas mais próximas a seguir, dentro daquilo que sou culturalmente e socialmente falando: renegar profundamente essa real pessoa que se apresentava a mim, tão perdida, triste e sofrida, para seguir vivendo uma falsa ilusão de controle e prosperidade; ou acolhia esse ser humano real que sou, olhando dentro dos olhos daquilo tudo que eu não queria ter e ser, e juntas, eu e eu mesma, buscarmos alternativas possíveis para mudar este quadro feio que se mostrava diante de mim.

Os dias foram longos, difíceis e regados a muitas lagrimas. A decisão era sem volta. Fosse qual fosse, era aquilo que basearia meus futuros dias.

Eu me lembro que as primeiras impressões que tive de mim mesma foram tão cruéis: eu era feia, doente, sem educação, sem empatia, egoísta, sem família... Um erro.

Como eu medito a um tempinho, comecei a meditar sobre estes adjetivos que eu mesma me dei e cheguei ao meu veredito: Se eu tiver que conviver comigo pelo resto dos meus dias neste plano, vai ter que ser uma convivência pacífica e para isso, preciso me aceitar ou me modificar.

Além da meditação, eu sempre gostei dos desafios da vida. Desafios sempre me motivam e dão um refresco nas minhas decisões. A opção era MUDAR.

Comecei o retorno ao bom convívio comigo mesma com duas premissas: Sempre me lembrar o que eu não gostava de mim, descobrir como me tornei assim e buscar alterar esta versão com ajuda de todos e tudo o que pudesse existir.

Nessa viagem toda, hoje, a mais de um ano do start, com muita força, foco e meditação eu posso dizer que:

"...eu era feia (sou linda! E agora por dentro e por fora), doente (meu corpo é sadio, responsivo, condicionado e forte), sem educação (estudo muito mais), sem empatia (o outro passou a ser importante a medida que fui gostando de mim), egoísta (generosa), sem família (com a maior família do universo. Unida e amada)... Um erro (uma correção constante!)..."

Tenho muito a agradecer, a muitos e muitas tanto deste plano quanto de planos estranhos ao nosso. Sinto que acertei o caminho. O meu caminho. O caminho da minha legitimidade, da minha verdade e da minha vida.

Hoje consigo ver as coisas de tudo e todos de uma forma muito mais pacífica, esperançosa e feliz.

Posso dizer que vivo uma plenitude utópica que nunca pensei q existiria. Ainda tenho tristezas, desventuras e muitos perrengues no porvir, mas tenho a minha integralidade. Hoje nutro por mim um respeito e amor muito mais significativo e profundo que me ajuda a seguir vivendo.

Meus amigos, família terrestre, ancestrais de outros planos. Todos tem um significado mais profundo e sagrado. Agradeço a oportunidade de me unir a esta família gigante todos os dias, pois agora aprendo muito com todos eles, seja qual for o nível e energia que trocamos.

Sou plena. Estou fluindo. Disto tudo. Assim que é viver.

Postagens mais visitadas deste blog

<img src="http://br.briefcase.yahoo.com/bc/iris_ferrera/lst?.dir=/siteiris&.view=l>

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Estou empolgadíssima: Tõ lotada de trabalho até a próxima encarnação, meu namorado não gostou da idéia de eu me filiar a uma sociedade local que protege animais. Tá. Isso é chato...mas a ideia de fazer o cartão de natal está me motivando...adoro criar...adoro...adoro!!!