Pular para o conteúdo principal
Hoje não foi um bom dia para praticamente nada.
Entrei muda no trabalho com um singelo atraso de 1:30 hrs, coloquei as musicas mais agressivas possíveis no meu playlist e bóra tocar o dia antes que ele me tocasse.

A manhã começou surreal e com uma bucólica caminhada de uma pequena cidade a outra a pé, em meio a uma fina garoa. Eu, meu blusão adidas e minha echarpe de seda preta...muito glamour e nenhum dinheiro na carteira...nestes momentos em que eu atravessava a vegetativa paisagem da estrada rumo ao polo tecnológico repensei meus cartões e a utilidade deles quando não há bancos pelo raio de 20km ou talvez mais.

Na verdade repensei muitas coisas: o por quê daquela cena totalmente descontextualizada estar acontecendo, quanto tempo eu teria que caminhar a pé, teria tempo de chegar ao trabalho a ponto de fazer as minhas tarefas do dia e por quê eu estava tão placidamente calma.

Quando conversei com minha irmã ao telefone, através do DDI (discagem direta a irmã...sim...tenho um celular só para falar com ela pois é mais barato desta forma), chorei de nervoso, de tristeza, de burrice...e talvez se a estrada não fosse tão fantásticamente linda e a chuvinha não estivesse caindo tão maravilhosamente fina eu teria chorado todos os km percorridos até chegar ao meu destino.

Agora já estou tecnicamente mais equilibrada tirando a furia literalmente concentrada...ainda bem que medito hoje e estudo minha apostila rosacruz...pois é extremamente esquisito esta sensação de furia concentrada dentro de mim. Hoje estou fazendo um bem para a humanidade e conversando o mínimo possível com as pessoas para não deixar escapar para elas alguns aspectos desta sinistra energia furiosa...e vou comprar floral se der tempo ainda hj para me reequilibrar.

De tudo isso sei que o dia ainda não acabou e não me importa mesmo quais maiores tragédias (ou não) venham acontecer pois eu conheço meus limites e as leis que me regem...penso em chegar na minha casa apenas e seilá...talvez estourar umas pipocas para comer com chá de camomila e depois estudar...mas na verdade, de tudo isso mesmo o que fica é a sabedoria de equilibrar os desastres ou tragédias dentro de mim unica e exclusivamente. Sem deixar faiscas maiores escapar e ferir aqueles que não tem motivos para receber qualquer tipo de "desconto" da minha parte.
E lentamente a furia passa, e vai virar raiva e depois vai se perder da minha consciencia e depois da minha inconsciencia e assim as coisas seguirão...afinal nada é tão grande que a gente não possa dar conta.

Postagens mais visitadas deste blog

Estou empolgadíssima: Tõ lotada de trabalho até a próxima encarnação, meu namorado não gostou da idéia de eu me filiar a uma sociedade local que protege animais. Tá. Isso é chato...mas a ideia de fazer o cartão de natal está me motivando...adoro criar...adoro...adoro!!!
<img src="http://br.briefcase.yahoo.com/bc/iris_ferrera/lst?.dir=/siteiris&.view=l>

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que ans