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Ultimamente estou tentando viver como uma guerreira...seja samurai, o qual tem mais sentido devido a arte da espada que é vida dentro de mim, ou pelas lendárias formas de de guerreiros indios...que na verdade ambas as artes de guerra, indias ou japonesas, acabam se fundindo de certa forma, na "tribalidade".

Nesta tentativa hoje decidi viver o dia como se fosse um dia de guerreiro. O Sempai e o Sensei sempre disseram que o guerreiro vai para a guerra sem saber se vai voltar vivo. E estes dias atrás li em alguma literatura tolteca que guerreiros vivem cada dia como se fosse o último. A intensidade deste dia se modifica totalmente pois eles dão o seu melhor em cada momento.

Hoje foi meu último dia 09/09/08 e realmente foi. Daqui a poucoas horas ele não existirá mais literalmente e eu tentei vivê-lo como se não houvesse amanhã.

Estar em uma guerra requer um foco na atitude que eu não consegui transportar para minha realidade mas fiz alguns dos meus melhores atos dentro do que eu consegui.

Tomei um banho pela manhã pensando como a água é fantástica e a possibilidade de tê-la quente debaixo de um chuveiro é quase uma benção. Claro que me lembrei das coisas que teria de fazer durante o dia, mas fiquei menos presa nesta rotina mental que das outras vezes.

Relembrei do meu primeiro namorado e vivi novamente todas as nossas aventuras numa recaptulação fiel, dentro das possibilidades da minha memória, e foi bom lembrar.

Conversei com pessoas que queria conversar, trabalhei, procurei focar meus objetivos de vida neste dia e fazer as coisas acontecerem dentro deste cenário de hoje:09/09/08.

Bom...paguei contas, receitei remédios, cozinhei um novo prato, vi minhas gatas dormindo, escovei meus dentes e meu aparelhos impecavelmente, peguei trânsito e cuidei para arrancar o carro nos faróis sem dar trancos (consegui algumas vezes) e também não maltratei tanto a terceira marcha.

Terminei minha noite numa conversa muito feliz e regada a suco de maracuja sobre tecnologia, gauchos, paulistas e bahianos com uma companhia amável e voltei pela orla do Guaiba observando as movimentações do acampamento farroupilha.

Foi um dia diferente pois ele foi intenso em todas as minhas ações. Quando eu voltava para casa, passando pela orla do Guaiba pensei "Hoje eu morreria feliz e realizada" - coisa mais morbida conclui...mas era essa a idéia...e depois pensei: a morte do dia é como um ciclo de 24h que acabou. E não volta mais...morreu, findou. Ficou na minha memória e na dos tempos...e não tem nada de morbido e sim de vivo, lúcido e intenso.

Me faz pensar na morte, em um sentido geral, como um ciclo fechando para outro se abrir...Não fiquei com medo...fiquei feliz.

E amanhã morrerei novamente...e todos os meus próximos dias...

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Solidão

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