"...E ela sorrateiramente colocou as perninhas para fora da sala. Seus olhinhos coloridos estavam radiantes e lágrimas brotavam initerruptamente de sua face rosada e feliz.
Era uma única vez que vira o céu personificar-se e sentia que tudo aquilo lido em seus livros de escola e nos romances secretos que furtava de sua mãe poderia ser real. Tudo na verdade era mais fantástico ainda pois cheirava conto de fadas, idéias fresquinhas desenfornadas a poucos instantes, onde tudo parece certeiro e perfeito.
Caminhou seus passos curtos em direção da rua e observou que a paisagem estava modificada e o firmamento azul parecia muito mais vivo. Parecia que ele compartilhava de toda essa enfase que a vida lhe propiciava.
Na verdade perdeu-se no espaço infinito do tempo de sonhar e as horas escoaram por suas mãos. Comprou seu chocolate e voltou ao ponto de partida correndo, enfeitaçada pela atmosfera nova e encantadora.
Temeu o sonho, olhou suas mãos pequenas e tremulas com a realidade e os olhos se espelharam em águas. Tinha medo de acordar e perceber equívocos. Não pensou mais e comeu seu chocolate radiante, como se a cada pedaço estivesse absorvendo seus próprios sonhos e saboreando as novas e doces delicias que despontavam.
Todo chocolate acaba mas fica na boca o gosto do cacau misturado com o açucar. Pensou em si, olhou novamente tudo aquilo que era grande e sorriu. Correu em direção da sala e tentou subir o degrau mas as perninhas curtas e a saia rodada confundiram seus movimentos. Olhou ao lado, esticou sua pequena mão e aceitou a que se estendia a frente.
Sorriu como se o mundo se estabelecesse vivo naquele instante exato e tudo ficou claro
_Obrigada.
E saiu correndo."
Um conto do sem fim
Era uma única vez que vira o céu personificar-se e sentia que tudo aquilo lido em seus livros de escola e nos romances secretos que furtava de sua mãe poderia ser real. Tudo na verdade era mais fantástico ainda pois cheirava conto de fadas, idéias fresquinhas desenfornadas a poucos instantes, onde tudo parece certeiro e perfeito.
Caminhou seus passos curtos em direção da rua e observou que a paisagem estava modificada e o firmamento azul parecia muito mais vivo. Parecia que ele compartilhava de toda essa enfase que a vida lhe propiciava.
Na verdade perdeu-se no espaço infinito do tempo de sonhar e as horas escoaram por suas mãos. Comprou seu chocolate e voltou ao ponto de partida correndo, enfeitaçada pela atmosfera nova e encantadora.
Temeu o sonho, olhou suas mãos pequenas e tremulas com a realidade e os olhos se espelharam em águas. Tinha medo de acordar e perceber equívocos. Não pensou mais e comeu seu chocolate radiante, como se a cada pedaço estivesse absorvendo seus próprios sonhos e saboreando as novas e doces delicias que despontavam.
Todo chocolate acaba mas fica na boca o gosto do cacau misturado com o açucar. Pensou em si, olhou novamente tudo aquilo que era grande e sorriu. Correu em direção da sala e tentou subir o degrau mas as perninhas curtas e a saia rodada confundiram seus movimentos. Olhou ao lado, esticou sua pequena mão e aceitou a que se estendia a frente.
Sorriu como se o mundo se estabelecesse vivo naquele instante exato e tudo ficou claro
_Obrigada.
E saiu correndo."
Um conto do sem fim