Pular para o conteúdo principal
Eu nunca me imaginei tendo sonhos de cinderelas e príncipes encantados que chegam e tiram a nossa existência para uma natureza superior e interessante.
Não por que me faltem idéias mas pelo fato de ser racional e lógica demais em determinados aspectos da minha vida.
Mas hoje me peguei divagando numas viagens que não devem existir.
Existem coisas que são por demais estranhas a nossa realidade e que não devem ser desafiadas. Mas hoje as possibilidades me pareceram tão bacanas.
Começo a entender alguns motivos que levaram D. Ines a se casar e já não me parecem tão feios e impróprios.
Acho q deve chegar uma hora que a figura da mulher frágil e dependente se faz presente, por mais auto-suficiente que esta seja, e não por menos que busca de carinho e conforto ela se deixa levar por sonhos, muitas vezes impraticáveis.
Engraçado isso. Uma parte de mim é romance e pensamentos absortos.
Outra é realidade prática e destinos cruzados apenas por momentos tortos.
E nessa lógica racional eu quero me perder. Mas tem um lado que insiste em acreditar em possibilidades de amor que não são minhas.
Por que a essa altura do campeonato, não existem mais finais felizes e seria utópico pensar assim.
Percebo que está nascendo uma outra visão de relacionamentos dentro de mim. Relacionamentos em que a busca é pelo conforto psicológico que o outro pode oferecer.
Ainda que de mundos distantes.
Isso me parece doce de se pensar: O mundo da impossibilidade é realmente tentador. Ele, o mundo descoberto, é dono de um querer desordenado e desorientado que te põe bobo sem perceber.
E as frases otimistas parecem tomar conta de todas as artérias e o pulmão fica cheio de desejos perfumados.
É bom sonhar. Mas temo sair de perto da realidade e quando voltar para ela não entender mais sua lógica. Preciso de lógica. Lógica e racionalidade para poder viver bem.
Mas hoje...o mundo me parece meio cheio de florzinhas adolescentes. E a frase mais linda de todas é: Bem que podia ser...Podia mesmo.

Postagens mais visitadas deste blog

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Sim...uma das piores coisas que existem na vida de um ser humano é ficar resfriado...ontem sai do treino numa chuvinha ridiculamente fina mas malvada. E acabei ficando pior do que já estava...aliás...tem coisa pior que nariz entupido? É muito chaaato. Por que ai vira uma bola de neve pois respiro ar frio e a coitada da garganta que já não está lá aquelas coisas fica pior... Ontem ia começar kenjutsu mas num teve...o sempai também tava dodói. Tá vendo porque gripe e resfriado são melecas?! Atrapalham a vida de todo mundo! Agora por exemplo está me atrapalhando a escrever pois tenho que parar de digitar e tossir ou limpar o nariz...uó Falando em nariz na volta do treino encontro em casa minha gata preta básica Boolie Boolie...ruiva!!! Não sei como ela conseguiu chegar até a água oxigenada do armário do banheiro mas sei que ela esta com indiscretas manchas vermelhas no seu pelo...tá muito engraçado...depois mostro foto da pequena maluca. Tinha que limpar a casa mas tô com aquela moleza ch...

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...