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InConforme

Silencio. Guardo um segredo. As chaves escondidas num canto qualquer desse espaço
vazio que criamos quando não estamos só.
Descem as cortinas e a cena acaba. Ao toque de tuas mãos o nada principia
sua dança na noite escura que criamos para nos unir.
Com formas delicadas de sombras, observo voce chegar, abrir a porta e olhar o
infinito como alguem que recebe uma mensagem secreta.
Nada mudou desde o tempo em que éramos crianças.
E a medida que passa o tempo e a idade avança nos calendarios dos talões
de cheque, envelhecemos um misto de ternura e inocencia, com medo de viver e se
doar.
Voce me diz com seus olhos frios que o mundo de realidades é distante daquilo
que se propos a sonhar.
E eu só tenho o que eu vejo de toda essa paisagem e sei que não
te completa, não te satisfaz.
Voce sonha com historias felizes tão suas que os grandes contos jamais
ousaram criar. Eu construo fatos tristes e vividos para não parar no tempo.
Nessa dança de crianças tolas que sonham e realizam estamos juntos
e caminhamos só.
Até encontrarmos aquela velha cabana no deserto dos nossos passos, para
sentar e descansar.
Quem sabe assim, entendendo esse muro inconstante de velozes pensamentos que nos
afastam das realidades que nao tens e dos sonhos que eu deveria buscar.

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