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Conheci uma pessoa linda, nesses dias em que aflora em mim o mais louco sentido de poesia, alguma coisa meio abstrata da minha realidade trouxe uma calma calculada. Uma vontade muito grande de voltar e ser exatamente do jeito que sempre fui, e hoje, pela loucura diaria que apaga os rastros e nos afasta constantemente da nossa real personalidade, nos transformando em esteriotipos de uma grande produção em série, hoje, justo hoje me vi amando possibilidades de ser eu mesma e estar junto de alguem que não se assuste comigo. É engraçado...a paz interior, coadjuvada com doses de psicotropicos fitoterapicos é algo como uma casinha na montanha e um monte de crianças correndo em volta e muita comidinha gostosa exposta numa mesa farta.Sonhei esse sonho hoje, parei de programar e sonhei com vinhos, familias e alegria. Coisas simples. Bem diferente das listras coloridas e dos layouts perfeitos que andava sonhando.E assim mesmo, como agora, nesse dia bucolico e porque nao romantico de fim de inverno gaucho, me sinto introspecta, forjadamente tranquila e de uma forma estranha mais adulta e feliz...meus sonhos voltaram no tempo. Tempo esse que nunca deixei de estar, apenas a vida, e sua grande roda de valores me fez, digamos que, perder o foco. Foco de mim, que hoje timidamente vem ao meu encontro. Limpido e sereno. Como um bom final feliz.

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O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
look at there it´s funny!

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...