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Não tenho muita idéia do que escrever. São tantas coisas ecoando dentro de mim e tantos novos sentimentos dançando a milhão...mas resolvi abrir minha caixinha de idéias e falar sobre ódio e borras de café.
Os árabes têm vários costumes que são muito peculiares e interessantes, um deles é o café, tomado sem coar e há alguns que se utilizam a adivinhação nas suas borras. Isso era utilizado pelas odaliscas para verem dentro da xícara de quem apareceria o desenho do sultão. A felizarda seria dado o privilegio da noite com o tal. Isso foi um must nos países árabes, chagando também ao Irã, Turquia e sul da Rússia, onde tinha grande prestígio na corte do czar.

Bem...a água é fervida, coloca-se um pozinho bem fino de café, espera-se baixar o pó e toma lentamente. Um rito mesmo. Muito bonito diga-se de passagem. Depois de tomado, vira-se a xícara, aguarda e depois observa a figura e quem sabe traduzi-la o faz. Reza a lenda que é extremamente eficaz mas não se vê passado, somente futuro com no máximo de dois anos.

Árabes...cultura enigmática eles possuem.
É esse o ponto em que quero chegar para abrir um maluco paralelo a respeito de ódio.

Esse sentimento não deixa de ser um enigma, visto que surge de uma acumulação de sentimentos desconfortáveis e culmina em atitudes desenfreadas e de extrema passionalidade.
O ódio por si é um dos sentimentos mais pueris da humanidade.
Nele encontramos ingredientes infantis, egoístas e até ousaria dizer que, ingênuos.
Ele é desenfreado e progressivo e seu fim nunca justifica os meios.
Na verdade, o ser que odeia sempre perde. Energias, tempo inventando e repassando todos os processos de vingança e relembrando as historias que só deveria esquecer.
Perde tempo, compromete a alma num exercício desgastante que nunca tem fim e o pior disso tudo, limita-se a uma vida em função do objeto a que reflete o sentimento, quando muitas vezes, deste nunca virá reciprocidade.

O ponto em que quero chegar com essa ladainha toda é que os árabes são um povo muito sábio. Onde prima uma serenidade e hospitalidade impressionante. E nesse pequeno ritual do café, tive a impressão exata do rumo final desse texto.

Baixar o pó, degustar lentamente as vias da chegada do desconfortável sentimento, observar que a lei da ação e reação é uma realidade e o objeto odiado nunca tem culpa sozinho pois a gente acaba por, egoistamente achar que foi o único ser que saiu perdendo nas historias em que questão, olhar para dentro e para trás, depois pra frente.
Virar as costas e continuar vivendo bem...o resultado sempre é muito bom e o futuro pode ser visto nessa virada com muita facilidade: Paz de alma. É o que a gente precisa pra sobreviver às tempestades que chegam de tempo em tempo.

Li dias atrás num blog extremamente querido, a respeito de "tempo de muda". Sempre existe, e, nessas épocas, tendemos a deixar os sentimentos mais expressivos e por isso é necessário pensar.
A mudança é como ondas derrubando castelos de areias que são nossa própria vida.
A gente refaz, até um dia, afinados por sentimentos que nos mandem avante e não retroceda-nos e degenerem nossos caraterzinhos já tão precários.
Sei lá...água quente e pó fino de café tomando a goles lentos. Refresquemos os ânimos e CHUKRAN por me aturar...
alias...vai lá no zupi e leiam Casamentos Modernos! minha primeira matéria no site.

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