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E ela continua exatamente como sempre esteve.
Com seus atos loucos, desesperados. Banhados pela solicitude de ninguém.
Sozinha e estática. Como a vida deve ser.
E, se observada pela fresta de luz que há na janela do quarto, tudo está realmente só.
Ela está só.
Não sou mais eu e sim aquela que um dia quis e não teve, ousou e não conseguiu agüentar as conseqüências e hoje se fecha em seu quarto escuro esperando alguma coisa rápida acontecer e mudar o destino de tudo.
Meta prepotente mas inspiradoras. Que tira a impressão de arrasto de dias colocando um pouco de cinza no negror vital.
Por que na verdade quando a noite se instala nada se enxerga e o tato se torna aveludado na mente de quem precisa achar a saída.
Bebo um gole de álcool e na volta me desespero por enxergar o que não devia ver. Mas como a noite é confusa e nada premonitória, continuo e fecho a fresta da janela, sem saber se era sonho ou delírio...quem sabe a maior realidade disso tudo é a própria mentira que vem de dentro do sonho. Vou sonhar. Não me acorde. Tenho medo do branco do dia

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