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Fim de semana prolongado dos infernos...sim, pois diretamente das zonas mais quentes das planícies tectônicas da terra surgiram 2 mendigos acampando, sabe aonde? embaixo da janela do meu apartamento.
Acordo todas as manhas as manhas, quer dizer, quando consigo dormir a noite, com um deles agradecendo a Deus por mais um dia de vida (e eu tentando convencer o mesmo Deus da quase inutilidade desse sopro mortal) e depois canta um pagodinho que certamente foi o próprio capeta que o ensinou.
O pior eu vou contar agora para vocês...sabe em que andar eu moro? No primeiro...sem comentários.
O mais engraçado é que, em três dias de contato basicamente intimo, sim, pois parece que os caras estão dentro da minha cozinha...muito embora a janela escolhida seja a do meu quarto, que fica acima da minha cama...bem nesses dias de convivência pacifica...não mutua pois eles ainda não me viram...e nem verão...só falta...Ô íris, ou melhor, tia (é sempre assim que eles chamam a galera) que horas são? Tem um deles que pergunta pra todo mundo que horas são...que necessidade de contato...bem, nesse tempo em que estamos convivendo juntos eu aprendi muita coisa a respeito do maravilhoso "homeless world". Eles vendem papelão, vivem em sua sociedade particular, fazem coco no mato...perto da janela do 103...ainda bem...o meu é 101, tem namoradas e são extremamente elitistas e conservadores no que diz respeito à exposição de seus afetos. A Patrícia é a predileta do tiozinho que pergunta as horas.
A vida é assim...Não durmo mais direito, acordo de meia em meia hora com um papo mais absurdo que o outro, não posso fechar minha janela pois morreria de calor...é amigos...é um teste de sobrevivência...não sei se passo...o sono é ouro para mim. Hoje estou bravérrima...Pq o relógio biológico deles não é que nem o meu? Ficam matraquiando a noite toda!!! que loucura!
Vou trabalhar e a noite vou ler...a única coisa que posso fazer enquanto o sono não pode acontecer...que saudades da minha tranqüilidade. ah! esqueci de falar, a minha janela fica a 2 metros apenas do chão que eles habitam!

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Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que ans