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Multicolores. é como eu gostaria de estar. Hoje eu entrei
num lugar e vi mas coisas que fizeram meu chão flutuar. Redefinindo minha vida percebo que tudo não passa de ser exatamente como era antes. Emoções altas, planos mil, muita vontade de fazer alguma coisa que modifique por completo meus anos de infima existência, solidão acumulada. Nada muda. A não ser o passar dos dias que insistem em me mostrar, rindo, como se já soubessem desse fim, que nada vai mudar. Absolutamente nada e a vida continua sendo tão ciclica como nunca foi. Mesmas frustrações, mesmas vitórias. Isso me faz sentir um grande e absurdo tédio. De mim, das coisas ao redor, da certeza do imutável pois tudo parece obedecer um único padrão.
Passei por uma loja hoje e vi o sofá que eu sempre quis...e, ao contrário de tempos atrás ele me pareceu impossível de se alcançar. Meus cabelos não estão como eu queria. Sempre curtos, claro. Mas com certeza eu não sou assim.As vezes sinto falta de mim. Que ando bem perdida dentro dos meus próprios conceitos e sonhos. De repente nem vale a pena sonhar muito e tudo aquilo que eu pensava quando caminhava na Vergueiro até a Av. Paulista não passa de chavão romântico. Sim. senhoras e senhores: A vida é podre e pobre. Por mais rico e bem intencionado que seja seu coração, ainda assim vão te atropelar e nem sequer perguntar se há fraturas. A vida é difícil e muito poucas vezes você vai ser feliz. E menos ainda, se ousar incluir alguém nisso. Doce ilusão. Ingênua e desgastada mania de achar que as coisas vão melhorar. Na verdade nunca vão. A gente cresce para umas coisas e vê a vida de outra forma. Isso muda. Mas implica em ser cruel ou não. Parabéns àqueles crescidinhos que optaram pela crueldade. Eu não fiz a melhor escolha. E não posso voltar atrás.
Por isso, olho a minha volta e vejo pessoas pesquisando o melhor roteiro turistico dessa cidade, que escolhi como moradia até o fim dos meus dias, e extremamente engajadas nessa tarefa de me fazer conhecer as coisas bacanas. Olho e nada sinto. Não sei se deveria me sentir importante ou um pequeno brinquedinho diferente que fala com outro sotaque.
E, quando faço alguma miraculosa invenção gastronômica isso é bom, ou apenas alguma coisa comestível que ninguém mais faria com tanto prazer e dedicação quanto eu? Não por falta de talento mas por excesso de mimo. Não. Mais uma vez não sou eu, embora nunca será ninguém. Por que, no intimo de cada um de nós há uma única certeza, algo que fala mais alto em tudo:"Não estou nem aí pra você. Primeiro eu."Eu sei. Hoje eu queria ser assim e viver isso. Só hoje. Mas não consigo.Não se preocupem...isso passa. Até uva e banana passa.
Bom final de semana. O meu não vai ser. Mais um. Que péssimo gosto
para coleções eu tenho, não?

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