Pular para o conteúdo principal
"...saudades de um tempo fascinante, incerto, quase etéreo mas feliz. tempo de onde bandeiras vinham ao longe mostrando quanto poderia ser feito e quanto seria fácil sorrir.
saudades das horas longas, indetermináveis de concentração de idéias e pensamentos absortos numa realidade tão distintamente digital.
sonhos tortos onde o permitir se fazia em formas e a musica trazia ao longe impressões duráveis e felizes.
saudade da irresponsabilidade calculada e do amor pelas causas incertas que traziam para dentro da gente a certeza daquilo que não sabia de onde partia, mas sua intensidade modificava toda a sentença.
saudades das águas frias, da tarde quente. do ar condicionado do shopping refrescando idéias neutras e enrustidas.
não tenho como contar o tempo que perdi, etapas ultrapassadas e momentos rotos. sinto apenas a saudade da realidade cruelmente amena que não volta mais. uma pena. às vezes, por frações mínimas de segundos como estes, paira em minha memória varias cenas, permitindo transcender à vontade do futuro e acalmar meu coração naquilo que já não passa da caixa de lembranças.
lembranças...talvez hoje queiram gritar nomes que não sei dizer quais são mas trazem nítidas sensações confortáveis.
saudades daquilo que tocava com a mestria e nobreza e hoje não traçam mais meus caminhos.
o que fica é o pó dourado das reminiscências, ajudando a tornar meu ser complexo, exceto pela vaga sensação de estar fora do contexto. buscando assim, um futuro ao lado daquilo que sinto falta. ao menos um futuro no qual possamos pisar sem faltas o chão nem o teto."

Postagens mais visitadas deste blog

<img src="http://br.briefcase.yahoo.com/bc/iris_ferrera/lst?.dir=/siteiris&.view=l>

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Estou empolgadíssima: Tõ lotada de trabalho até a próxima encarnação, meu namorado não gostou da idéia de eu me filiar a uma sociedade local que protege animais. Tá. Isso é chato...mas a ideia de fazer o cartão de natal está me motivando...adoro criar...adoro...adoro!!!