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Eu tenho um costume que acho que me ajuda a sobreviver por essa vida básica que levo: Não fazer nada com a cabeça cheia e quente. Nem postar no blog...a não ser coisas superficiais que não possam fazer mal a ninguém e muito menos a mim.
Esse fim de semana foi bacana. Bem bacana. Desfiz-me do ultimo vinculo que tinha com meu passado e vendi uma coisinha que enchia minha prateleira de fogo. Falta uma ainda mas essa já tem um endereço em São Paulo. É estranho mas não sei guardar lembranças. Quando muito, uma letra. Adoro letras. Acho que é porque não me apaixono e não amo o amor dos apaixonados.
Hoje faz um mês que moro novamente sozinha. E disso tudo, só tenho que dizer que está sendo bom. Muito bom. Não costumo me arrepender das coisas que faço, ainda não foi dessa vez. Mas não faria novamente nada do que fiz há 6 meses atrás. Acredito que nada acontece por acaso e hoje sou mais adulta, sabia, menos triste e totalmente renovada. As marcas de ressentimentos e lembranças ruins, a dor na nuca constante e o coração batendo a milhão por apreensão, hoje já não fazem a menor diferença. Dançam como lendas antigas dentro de mim.
Pois uma coisa é certa. Estar no contexto em que me encontro hoje me deixa voar e ser eu mesma, sempre, do jeito que sempre fui e sempre consegui viver e isso é tudo que preciso. Voar dentro de mim. Um dia pensei que fosse amor. E realmente estava certa.É. Mas não daqueles que fazem pessoas se casarem e viverem felizes para sempre. É outro que só consegue viver longe. Quem sabe um dia eu ame um cara verdadeiramente a ponto de sei lá...sentir falta, chorar por causa da companhia dele e não pelo cotidiano a dois...não sei. Mas tenho certeza que será leve como eu sou. Senão, não será.
Amo muito tudo que passei mas não voltaria atrás de modo algum. Minha vida, há uns tempos tem caminhado muito rápido e eu mesma me canso de ver a velocidade que passo os dias. Bacana isso. Estou feliz, começando minha real life numa cidade bacanérrima. A única coisa que me incomoda mas nada posso fazer é que eu vou pra frente e ele? Voltou aos velhos olhos vermelhos? Só queria encontrá-lo dia desses bem, por dentro. Refletido em seus olhos. Mas tô achando difícil.

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O pós do apocalipse

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Ai eu fiquei pensando...eu poderia ter me apaixonado pelo sobrinho da minha vizinha a quase 20 anos atras, ou talvez por um coleguinha da escola a quase 20 anos atras e me casado como aconteceu com quase todas as minhas colegas da escola. eu poderia estar a mais de 20 anos na mesma cidade, no mesmo bairro e encontrar as mesmas pessoas todos os dias...e estas pessoas conheceriam a minha historia e muitas delas estariam comigo durante varios ritos de passagem. Minhas festas seriam grandes e intensas e os presentes seriam exatamente a minha cara. Eu viveria em um estado de total conforto onde o desconhecido não seria um amigo fiel e as surpresas não teriam proporções maiores do que a realidade menor. Talvez desta forma eu vivesse mais, teria mais historias comuns para contar a todos e talvez até fosse feliz e soubesse amar. Talvez eu até perdoasse mais e teria dentro do meu coração menos mágoas, menos saudades e menos aventuras. Talvez minha medida de sabedoria fosse menor mas suficiente ...