Pular para o conteúdo principal

Sobre a tal da saudade...



Eu não sei se já faz um mês, dois meses ou uma eternidade. O fato é que hoje minha irmã postou uma foto da Boolie com as irmãs e prima e eu chorei.

Senti tanta falta. Todos os dias eu sinto falta dela quando chego a noite e vou dar comida com aquele sonoro e alegre "quem está com fome?". Bolota era uma das primeiras a se posicionar na frente do potinho dela para receber a comida.

Quando eu vou dormir, ela não está mais do meu lado, pedindo para entrar debaixo das cobertas e se aninhar no meu braço. Agora isso pertence as outras meninas que revezam nessa solicitação.

Eu fico olhando para trás e não tem como deixar de notar o quanto minha vida mudou depois que a Boolie partiu.

Parece que novas energias começaram a se movimentar a medida em que eu fui buscando formas de me curar da dor da ausência dela, de viver um luto multiplicado e seguir a vida.

Depois que ela partiu eu voltei a psicóloga, larguei meus apegos que envolviam afetos não correspondidos, deixei para traz passados que não cabem nesse meu contexto presente sem deixar de amar as lembranças, me aventurei, criei novas metas, novos amigos, novos compromissos.

Hoje pulo muito mais quando estou dançando, fico menos tempo em casa, acho que de certa forma também fiquei, mas empática com o todo (ainda longe de ser perfeita) e por mais incrível que possa parecer, meus olhos estão sorrindo mais.

É bem como a psi diz que a Boolie, mesmo ausente em matéria, ainda caminha comigo e me ajuda a enxergar muitas coisas.

As outras minas (gatas) também me ensinam diariamente, mas a Boolie foi a primogênita. A primeira gata que adotei, dei meu amor absoluto e acompanhei toda a vida dela. Todas as etapas sempre com muito amor. Até o fim eu amei aquela bichinha e isso é grande. É um ciclo completo que vivenciei com ela.

Tanto amor, tantas lembranças e saudade. Não paro de chorar... saudades. Só isso. Impreterivelmente, saudades.

Postagens mais visitadas deste blog

Sim...uma das piores coisas que existem na vida de um ser humano é ficar resfriado...ontem sai do treino numa chuvinha ridiculamente fina mas malvada. E acabei ficando pior do que já estava...aliás...tem coisa pior que nariz entupido? É muito chaaato. Por que ai vira uma bola de neve pois respiro ar frio e a coitada da garganta que já não está lá aquelas coisas fica pior... Ontem ia começar kenjutsu mas num teve...o sempai também tava dodói. Tá vendo porque gripe e resfriado são melecas?! Atrapalham a vida de todo mundo! Agora por exemplo está me atrapalhando a escrever pois tenho que parar de digitar e tossir ou limpar o nariz...uó Falando em nariz na volta do treino encontro em casa minha gata preta básica Boolie Boolie...ruiva!!! Não sei como ela conseguiu chegar até a água oxigenada do armário do banheiro mas sei que ela esta com indiscretas manchas vermelhas no seu pelo...tá muito engraçado...depois mostro foto da pequena maluca. Tinha que limpar a casa mas tô com aquela moleza ch...

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Ai eu fiquei pensando...eu poderia ter me apaixonado pelo sobrinho da minha vizinha a quase 20 anos atras, ou talvez por um coleguinha da escola a quase 20 anos atras e me casado como aconteceu com quase todas as minhas colegas da escola. eu poderia estar a mais de 20 anos na mesma cidade, no mesmo bairro e encontrar as mesmas pessoas todos os dias...e estas pessoas conheceriam a minha historia e muitas delas estariam comigo durante varios ritos de passagem. Minhas festas seriam grandes e intensas e os presentes seriam exatamente a minha cara. Eu viveria em um estado de total conforto onde o desconhecido não seria um amigo fiel e as surpresas não teriam proporções maiores do que a realidade menor. Talvez desta forma eu vivesse mais, teria mais historias comuns para contar a todos e talvez até fosse feliz e soubesse amar. Talvez eu até perdoasse mais e teria dentro do meu coração menos mágoas, menos saudades e menos aventuras. Talvez minha medida de sabedoria fosse menor mas suficiente ...