Pular para o conteúdo principal
Meia noite agora. Se faz silêncio neste início de madrugada, desta ultima quinta feira do mes, nas ruas boemias da cidade baixa.

Cheguei a pouco do teatro nô. Aproveitei a súbita e inesperada falta de sono e limpei toda a casa com direito a lavar banheiro...agora tô aqui...escutando o noticiário chato com as novas velhas e óbvias notícias, com a Boolie dormindo toda bonitinha.

Tudo está calmo. Mas eu sinto um vazio...é estranha a sensação de arrependimento absurda que me envolve. Uma tristeza sem pouso e a intensa vontade de estar em São Paulo...com os meus, que me conhecem, exatamente. Onde não preciso viver a mentira que me inventaram...

Tenho encontrado tanta gente naquela meleca do orkut...tanta gente especial que fez minha adolescência tão fantástica..boboca sempre...mas linda...pq foi a única que tive.

Era tão legal ter amigos para dormir em casa, levar bronca e conselhos das mães e pais deles...o que mais sinto falta é de história...

E hoje, justamente hoje, quando tudo já estava difícil e eu tentando rir e fazer tudo de modo a esconder a vontade imensa de silenciar que há...hoje tudo se fez sem importância. Por frações mínimas de tempo eu quis voltar, esquecer essa coisa de vida ganha para trás e voltar...

Estar naquele meio onde um discreto olhar já falaria muito a tanta gente... Não gosoto do anonimato dessa sociedade que estou inserida. Não os entendo e eles também não sabem quem sou. E os poucos que vieram a saber não acreditaram.

As lagrimas caem e eu me recuso a acentuar e colocar maiusculas...por causa desse descompasso nada disso tem sentido: gramática. Hoje, só hoje eu iria até salvador, rio preto, portugal, washington, sao paulo...me encontrar, ter referencia.

Não quero mais isso aqui...não sou forte não. Nada forte...fracamente humana. preciso de referencias...porque esta chegando perto o momento em que eu não saberei mais quem sou. Hoje to perdida...absolutamente perdida e morta de saudades dos meus...impress~~ao de guerra...tragédia decora meu humor agora.

Não queria ser ingrata...mas não quero mais aqui...não quero. Quero ir para casa.

Postagens mais visitadas deste blog

Sim...uma das piores coisas que existem na vida de um ser humano é ficar resfriado...ontem sai do treino numa chuvinha ridiculamente fina mas malvada. E acabei ficando pior do que já estava...aliás...tem coisa pior que nariz entupido? É muito chaaato. Por que ai vira uma bola de neve pois respiro ar frio e a coitada da garganta que já não está lá aquelas coisas fica pior... Ontem ia começar kenjutsu mas num teve...o sempai também tava dodói. Tá vendo porque gripe e resfriado são melecas?! Atrapalham a vida de todo mundo! Agora por exemplo está me atrapalhando a escrever pois tenho que parar de digitar e tossir ou limpar o nariz...uó Falando em nariz na volta do treino encontro em casa minha gata preta básica Boolie Boolie...ruiva!!! Não sei como ela conseguiu chegar até a água oxigenada do armário do banheiro mas sei que ela esta com indiscretas manchas vermelhas no seu pelo...tá muito engraçado...depois mostro foto da pequena maluca. Tinha que limpar a casa mas tô com aquela moleza ch...

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Ai eu fiquei pensando...eu poderia ter me apaixonado pelo sobrinho da minha vizinha a quase 20 anos atras, ou talvez por um coleguinha da escola a quase 20 anos atras e me casado como aconteceu com quase todas as minhas colegas da escola. eu poderia estar a mais de 20 anos na mesma cidade, no mesmo bairro e encontrar as mesmas pessoas todos os dias...e estas pessoas conheceriam a minha historia e muitas delas estariam comigo durante varios ritos de passagem. Minhas festas seriam grandes e intensas e os presentes seriam exatamente a minha cara. Eu viveria em um estado de total conforto onde o desconhecido não seria um amigo fiel e as surpresas não teriam proporções maiores do que a realidade menor. Talvez desta forma eu vivesse mais, teria mais historias comuns para contar a todos e talvez até fosse feliz e soubesse amar. Talvez eu até perdoasse mais e teria dentro do meu coração menos mágoas, menos saudades e menos aventuras. Talvez minha medida de sabedoria fosse menor mas suficiente ...