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Se tiver preguiça...leia o resumo no post abaixo deste



Ontem foi um dia absolutamente. tumultuado.
Mais um desses e não sobra Íris pra contar historias enfadonhas nesse blog.
Bom...primeiro, definição de cenário interior, palco onde passaram essas coisas, digamos que, curiosas, do meu dia.
Conversei com um amigo muito queridinho, desses que dá vontade de apertar a bochecha.
Ele acabou me falando de seu ultimo encontro com uma garota que, segundo ele, simplesmente deixou o cara sonhando...apaixonadinho.
Ai ele me contou a respeito do que faria hj para convidá-la pra sair e eu achei uma graça. Simples e romântico, doce e muito sincero.
Um poetinha boêmio. Adorei e fiquei realmente encantada com essa decisão tão inusitada de convidar a garota para sair e possivelmente bjar na boca.
Percebi que ele realmente é mó romântico...e é normal. Normal no sentido de toda sua alternatividade, gostos particulares e tipicamente urbanos.
Envolvi-me nessa situação e achei muito bonito, simples...e voltei alguns meses para trás. Na verdade, ficaria impossível não voltar um ano, uma vez que a esse espaço de tempo eu estava em são paulo numa das minhas mais difíceis decisões de vida.
Eu, havia feito uma escolha romantica semanas antes de vir pra cá.
Vir para Porto Alegre, significaria ser fria, racional e voltada totalmente a minha correria de provar pra aquela família que tenho, que poderia ser alguém na minha profissão, com minhas escolhas e do meu jeito. Ficar em São Paulo, seria um abdicar dessa independência toda e, de certa forma, me dedicar a um cara em especial que eu já havia escolhido, pela doçura e excesso de sonhos românticos que vinham juntos com suas promessas.
Promessas essas feitas de acasos tão doces, telefonemas tão carinhosos e aquela sensação de medo e duvida que enfeitavam os dias.
Tinha me esquecido dele. Das inúmeras vezes que chorava com o caos que aquela cidade havia me colocado e ele magicamente ligava tranqüilo. Era impressionante como ele aparecia exatamente na hora que eu mais precisava. Mágico, simples, perfeito.
Com a serenidade necessária para meus dias. Era bom. Era simples. Nosso almocinho num sábado antes de eu pegar a droga do caminho para cá e deixá-lo lá...querendo que ele não me deixasse partir, me segurasse e dissesse que eu tinha que continuar em sampa, com ele. Mas não disse nada. Tava acostumado com minhas, sempre, viagens. Não deve ter passado pela cabeça dele que eu ficaria por lá, por sua causa.
Mas dessa vez, eu não queria ir. Ha três anos eu não parava em lugar nenhum. Há três anos eu pensava que poderia parar por causa dele. E eu sabia que por ele, pararia, sossegaria.
Mas não foi. Embora na semana que precedeu minha súbita mudança de estado geográfico eu fiquei perdida, balançada, com medo de perdê-lo e nunca mais vê-lo.
Bom...final da historia vcs já conhecem. Passou um ano disso tudo e ontem a gente conversou sobre nós. Putz...depois de ter conversado a esse respeito com ele acho que não existem mais assuntos "tabu" para mim.
Passado todo esse tempo, ele disse que não fez nada porque eu nunca dei a entender que queria.
Nunca pensei que fossemos conversar sobre essas coisas. Putz...nunca havia me dado conta do que eu sentia por esse cara e como é muito maior do que muita coisa que pensei sentir e na verdade era ilusão.
Ele nunca lê isso. Não lê meu blog. É ocupado demais pra fazê-lo.
E toda essa ocupação também nos distanciou. To, sinceramente chorando por isso hoje.
Não me arrependo de ter feito uma escolha. Mas não queria tê-lo perdido. Se eu queria amar alguém...do jeito que eu achei que seria amor. Acho que certamente esse cara seria a exemplificação. Entendi muita coisa ontem. Muita coisa. Entendi meu amigo e seu bilhete na caixa de correio, entendi os telefonemas que recebia de longas distancias, entendi tudo.
E, embora tarde demais...por mais absurdo e improvável que possa parecer.
Entendi que perdi uma possibilidade única, sem toda essa corrupção que existe nos relacionamentos.
Não posso deixar de sentir uma dorzinha dentro do meu coração...mas segue o baile, que isso sirva de lição pra mim e pra todos...as oportunidades de ser feliz são tão rarefeitas, sutis...quase etéreas.
Sinto pessoas...sinto muito. Não sabia que mexeria tanto comigo tudo isso...mas é impossível disfarçar a enorme sensação de "perdi o rumo" que estou sentindo.
Mas ao mesmo tempo, que isso sirva de lição para as futuras novas situações de amor que aparecerão. Não eterno, claro, mas na medida e intensidade que precisam ter. Sejam bem vindas. Saberei ser mais explicita. Putz...putz...putz.

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