"...E ela sorrateiramente colocou as perninhas para fora da sala. Seus olhinhos coloridos estavam radiantes e lágrimas brotavam initerruptamente de sua face rosada e feliz. Era uma única vez que vira o céu personificar-se e sentia que tudo aquilo lido em seus livros de escola e nos romances secretos que furtava de sua mãe poderia ser real. Tudo na verdade era mais fantástico ainda pois cheirava conto de fadas, idéias fresquinhas desenfornadas a poucos instantes, onde tudo parece certeiro e perfeito. Caminhou seus passos curtos em direção da rua e observou que a paisagem estava modificada e o firmamento azul parecia muito mais vivo. Parecia que ele compartilhava de toda essa enfase que a vida lhe propiciava. Na verdade perdeu-se no espaço infinito do tempo de sonhar e as horas escoaram por suas mãos. Comprou seu chocolate e voltou ao ponto de partida correndo, enfeitaçada pela atmosfera nova e encantadora. Temeu o sonho, olhou suas mãos pequenas e tremulas com a realidade e os olh...