Fico pensando naquelas pessoas que tem ouvido absoluto...No restaurante que eu almoço tem uma vóz que consigo disntinguir a metros de distancia. Aguda, dissonante, semi tonada. Algo que me arrepia a espinha de um modo absurdamente infantil, remetendo a velhas fábulas contadas por minha avó Paula...ai me vem a idéia que eu, basicamente tendo ouvido para escutar e assim mesmo deixando de ouvir muita coisa, já me irrito com a cidadã (adivinha a cor do cabelo...). Fico imaginando como devia ser alguma coisa complexa a vida de Betoven...ou...descendo o nível...penso em meus maestros...Buchala, Lineu Soares...caraca...Mundo complexo e cheio de sobreviventes...vou mudar esse blog...aguardem.
É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.