Pular para o conteúdo principal

Semana de 30 dias



Hoje é quarta-feira... Meio da semana. Mas a intensidade das emoções, acontecimentos e re-significações deram a ela uns 30 dias a mais.

Já fiquei cansada, deprimida, feliz, fui para o inferno e voltei trazendo amigos, meditei e vi coisas que não queria ver. Aceitei e dispensei. Trabalhei, perdi e ganhei.

No computo disso tudo uma coisa é certa: Estou meio cansada e meio em paz. De certa forma, existe uma superação de limites fortíssima acontecendo aqui dentro. Ainda confusa, meio sem norte mas com a certeza de que vou saber escolher as melhores escolhas.

Tenho medo. Sim. Medo talvez seja o maior adjetivo desta semana de 30 dias. Medo de não dar conta, de não conseguir, de errar, de não saber distinguir o que é meu e o que é do outro. Mas ao mesmo tempo, de uma forma singela e protetora, acho que estou caminhando bem. A meditação, o estado de pensar focado e a certeza de que tem coisas que me assustam identificadas me ajuda a definir minhas estratégias e caminhos.


Hoje me vi reclamando de um jogo de xadrez que tenho jogado com um amigo. Olhei as peças, sem estratégia, espalhadas e desalinhadas e pensei: refletindo meus dias até no xadrez. Ali estou perdendo e não consigo aprender. Mas na vida estou aprendendo e não consigo perder. 

Isso é bom, isso é maduro e faz parte da vida de verdade. 

Gosto do que vejo e sinto. 

Ainda que esteja tudo caótico, a certeza do “tudo bem” me deixa em paz.

Postagens mais visitadas deste blog

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Sim...uma das piores coisas que existem na vida de um ser humano é ficar resfriado...ontem sai do treino numa chuvinha ridiculamente fina mas malvada. E acabei ficando pior do que já estava...aliás...tem coisa pior que nariz entupido? É muito chaaato. Por que ai vira uma bola de neve pois respiro ar frio e a coitada da garganta que já não está lá aquelas coisas fica pior... Ontem ia começar kenjutsu mas num teve...o sempai também tava dodói. Tá vendo porque gripe e resfriado são melecas?! Atrapalham a vida de todo mundo! Agora por exemplo está me atrapalhando a escrever pois tenho que parar de digitar e tossir ou limpar o nariz...uó Falando em nariz na volta do treino encontro em casa minha gata preta básica Boolie Boolie...ruiva!!! Não sei como ela conseguiu chegar até a água oxigenada do armário do banheiro mas sei que ela esta com indiscretas manchas vermelhas no seu pelo...tá muito engraçado...depois mostro foto da pequena maluca. Tinha que limpar a casa mas tô com aquela moleza ch...

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...