Pular para o conteúdo principal

labirinto


Eu sempre me perco dentro de mim. É engraçado constatar isto depois de tanto tempo vivendo um labirinto tão imenso, algumas vezes tão sombrio.
 E alguns nortes acontecem esporadicamente ao longo dessa caminhada de viver que fazem parte de novas direções. Alguns aparecem com placas imensas, piscando neon e avisando o caminho em auto falantes. Outrs, mais discretos, são sinais escritos em areia e ao menor dos ventos se apagam, exigindo de mim rápida atenção e uma memória aprimorada.

Novamente apareceu uma placa mas esta é muito engraçada pois parece aqueles anuncios de pessoas perdidas que algumas vezes saem nas embalagens de leite.

Ele é tão sutil e eu poderia bebe-lo e depois joga-lo fora porém é tão urgente.

O mais engraçado disso tudo é que no anuncio não fala para qual direção devo rumar. Ele fala de coisas que ainda não entendo mas me passa a impressão de que devo seguir em frente.

Talvez seja isso. Simplesmente isso: seguir em frente. Mas porque este me desperta tanto medo? Porque é obvio? Talvez porque me faça perceber que nunca estive em nenhum labirinto e todos os meus passos foram orientados de acordo com minhas proprias vontades?

Talvez. Talvez o dificil deste momento seja perceber que o tempo todo o caminho que trilhei foi forjado por mim mesma para chegar aonde quero chegar e o mais divertido e assustador é que eu sei, hoje, exatamente para onde tenho que ir.

E precisei me encontrar perdida dentro de um anuncio para perceber que o tempo todo estive aqui, controlando meus tempos e historias.

E o seguir em frente, vai fazer esta precisão se perder, o destino improvisar e a vida fluir.

É, fluir. Foi sempre isso que busquei. Acho que está mais perto do que eu poderia imaginar.

Com o estomango borboleteando vou... seguir em frente.

Postagens mais visitadas deste blog

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Sim...uma das piores coisas que existem na vida de um ser humano é ficar resfriado...ontem sai do treino numa chuvinha ridiculamente fina mas malvada. E acabei ficando pior do que já estava...aliás...tem coisa pior que nariz entupido? É muito chaaato. Por que ai vira uma bola de neve pois respiro ar frio e a coitada da garganta que já não está lá aquelas coisas fica pior... Ontem ia começar kenjutsu mas num teve...o sempai também tava dodói. Tá vendo porque gripe e resfriado são melecas?! Atrapalham a vida de todo mundo! Agora por exemplo está me atrapalhando a escrever pois tenho que parar de digitar e tossir ou limpar o nariz...uó Falando em nariz na volta do treino encontro em casa minha gata preta básica Boolie Boolie...ruiva!!! Não sei como ela conseguiu chegar até a água oxigenada do armário do banheiro mas sei que ela esta com indiscretas manchas vermelhas no seu pelo...tá muito engraçado...depois mostro foto da pequena maluca. Tinha que limpar a casa mas tô com aquela moleza ch...

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...