Pular para o conteúdo principal

As vezes fico esperando coisas acontecerem ou chegarem até a mim com uma ansiedade quase irreal...é alguma coisa muito parecida com o tempo pairando sobre minha cabeça como uma "cumulus nimbus" esperando para precipitar. Comprei uma carteira semana passada que ainda não chegou.

É uma Alexandre Herchcovitch, oriunda de um verdadeiro Alexandre Herchcovitch ecommerce e... meio politicamente correta, sem peles de animais mortos e talz...Também comprei uma bolsa mas ambas estão chegando pelo correio... adoro a idéia de poder comprar coisas bacanas sem pagar taxas e impostos e o melhor, sem ter que entrar nas lojas físicas e ser atendida por nojentas vendedoras que se comportam como donas das grifes...enfim...espero esta carteira e semana que vem esperarei a bolsa...

Comentei sobre esta espera pois o simples ato de todos os dias eu passar meus olhinhos no site dos correios esperando um novo status de chegada me lembram a sensação interior que estes dias me fazem sentir. É inevitável a precipitação da chuva que se aproxima e eu a espero todos os dias, ansiosamente e observo o céu do meu cotidiano várias vezes esperando sentir as primeiras gotas.

Eu gosto da chuva de um modo geral embora prefira torrenciais tempestades cheias de raios e trovões, ainda assim as chuvas são boas amigas, irrigam a terra, acalmam as temperaturas, limpam o ar e são ótimas canções de ninar...

Talvez eu queira dormir um pouco. Talvez até eu queira reestruturar o ar ao meu redor...não sei... Sei que depois das tempestades chegam dias claros de verão mas e depois da chuva? Chega o inverno acolhedor e benfazejo? Que pode trazer um certo conforto assim como a minha nova carteira leve e minha bolsa levissima me trarão às costelas convalescentes?

Não sei...há um caráter íntimo entre todas as ações tanto mentais quanto temporais que me fazem totalmente absorta, esperando a carteira/bolsa e a chuva chegarem e me refazerem de alguma forma...em algum angulo oculto desta história intrépida de viver...pois a espera ainda que torture é um dos melhores presentes para a alma pois fazem a chegada tornar-se raros momentos de pequenas alegrias.

Postagens mais visitadas deste blog

O pós do apocalipse

É como se fosse um dia depois, nos escombros. A gente procurando reconstruir aquilo que ainda está de pé e lamentando as ruidas daqueles pilares que não irão mais se erguer. É um misto de morte com um incessante folego de vida, de querer, de ter por conta de...sabe lá oque, emergir da poeira e rastros desse pequeno apocalipse doméstico. Ainda há muito o que vasculhar, recuperar e se despedir. É um dia de trabalho intenso nesses escombros que se apresentam no cenário. E o mais sensato, ainda que automático, pois está desprovido de emoções reais, é levantar e recomeçar no novo mundo. Seja ele como for.
Sim...uma das piores coisas que existem na vida de um ser humano é ficar resfriado...ontem sai do treino numa chuvinha ridiculamente fina mas malvada. E acabei ficando pior do que já estava...aliás...tem coisa pior que nariz entupido? É muito chaaato. Por que ai vira uma bola de neve pois respiro ar frio e a coitada da garganta que já não está lá aquelas coisas fica pior... Ontem ia começar kenjutsu mas num teve...o sempai também tava dodói. Tá vendo porque gripe e resfriado são melecas?! Atrapalham a vida de todo mundo! Agora por exemplo está me atrapalhando a escrever pois tenho que parar de digitar e tossir ou limpar o nariz...uó Falando em nariz na volta do treino encontro em casa minha gata preta básica Boolie Boolie...ruiva!!! Não sei como ela conseguiu chegar até a água oxigenada do armário do banheiro mas sei que ela esta com indiscretas manchas vermelhas no seu pelo...tá muito engraçado...depois mostro foto da pequena maluca. Tinha que limpar a casa mas tô com aquela moleza ch...

Solidão

  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...