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a vida é por um fio... e hoje eu queria falar de coisas boas, do meu coração apaixonado, das possibilidades felizes e da minha instantânea modificação up. mas tudo ficou desfragmentado e inútil depois do ultimo telefonema que tive. tenho uma amiga. não tão amiga pois minha inconstância e distancia não podem permitir muita aproximação. mas tenho nela todo um apreço e carinho grandiosos pois estudamos no mesmo colégio, freqüentamos a mesma igreja e quase atropelamos uma bicicleta quando saiamos, na nossa adolescência de 14 anos, com a perua do restaurante de um amigo nosso...que eu acho que ela tinha uma queda por ele.
ela me falou que estava naquele exato momento que eu liguei, pra casa do irmão dela, tentando se matar e resolveu ficar quietinha no sofá para ver se passava à vontade. resolveu se jogar do prédio lá no centro. Senti-me super heroína e ao mesmo tempo, um traste inútil que não pode fazer nada a não ser ouvi-la durante rápidos 30 minutos. sinto me tão perdida, mãos atadas e sem noção do que fazer embora tenha certeza exata que fiz o meu melhor e estrategicamente o papi do céu me fez ligar pra lá...caramba. a vida é complicada mesmo, não questiono isso. tudo gira em torno de incompreensão, egoísmo e paulera. ninguém dá a mínima pra ninguém e aí daquele que estiver no meio do caminho errado. somos educados a correr atrás de nós mesmos dispensando todo e qualquer artifício humano que nos coloque menos perto da natureza quase primitiva de lidar com a sobrevivência. to nesse meio também e por isso me magoou essa situação.
fiquei triste de ver um ser humano como eu tão confuso.de confusões antigas e que tomaram tanta força irresoluta que culminaram numa tentativa desastrosa de acabar com tudo. e tudo o que? tristezas, frustrações, desencontros e desenganos. a vida é pedreira isso sim. e mais pedreira somos todos nós que dia a dia sob o mesmo milenar sol, acordamos e agimos como se tudo fosse mudar abruptamente para melhor. e chega um dia que a gente cansa de fingir pra si próprio que tudo vai mudar e o mundo será melhor e então, se instala aquela coisa horrorosa da depressão. vou culpar quem? eu mesmo por ser fraco e não agüentar o tranco do cotidiano nada ameno que vislumbramos e vivenciamos todos os irrecuperáveis dias de nossa existência? foda-se as regras ortodoxas de posição e modo de vida padronizado se hoje, somente hoje, o inferno se instaurou de forma sufocante na sua vida. e não há pensamentos amenos que tirem a raiva do âmago da nossa existência. e então? o que fazer? eu tenho raiva. dia a dia meu fim é certo e sob a passagem das primaveras percebo isso nitidamente e não sou só eu. todo mundo tá num funil idiota que termina num sei lá o que de tudo. e o que será esse sei lá o que só depende de mim e da forma que vou colocar essa raiva itinerante pra longe. sabe como? eu não sei. eu ajo. não fico parada esperando a chuva passar e o dia claro de verão sair. a minha vida caótica depende única e exclusivamente de mim e da junção dos meus pensamentos. a gente precisa, portanto, cultivar a mente da forma mais salutar possível. ela nos revive como fênix ou nos leva a sepultura ainda vivos. tenho medo do meu pensamento. e temo o pensamento de cada um de nos no que diz respeito a nos mesmos. é tão difícil viver e ao mesmo tempo tão fácil. e depois que a chuva passa e a gente percebe que pode sair de baixo da cama tudo se transforma em dia de verão sim. é no limite que esta a saída. é no fim do poço muitas vezes que o “tudo de bom” se esconde. garota. olha dentro do seu mundo que tá tudo aí, tudo exatamente aí. o que vc precisa pra ver o sol novamente. escuta tua alma que clama por vida e luz. agrada teu coração com teus sonhos e vive intensamente. mas com a força daqueles que não sabem se estarão naturalmente vivos amanhã. esse é o caminho tortuoso. passe com os olhos visando o horizonte a diante, não olha pra trás e não se distraia com as corriqueiras más interpretações bilaterais. vai. e vai bem longe. que isso passa. eu não sei como. mas sei que passa.

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  Heis que faz eco meu coração. A medida que minha idade avança e já não sou mais aquela de 2003, que contava com a sorte, sonhava com o resgate ideal, o destino perfeito, a vida rotineira. Percebo hoje que de tudo que fui e que sou, resta um sopro de autenticidade e solidão. No final da estrada, quer haja bifurcações ou não para chegar no destino, quem vai sou eu. As bagagens que eu, ingenuamente, carregava hora como um troféu, hora como norte, já ficaram para trás a muito tempo e hoje me restam nas mãos as poeiras do caminho, na pele as marcas da jornada e na mente uma juventude renovada de quem vive uma eternidade, ainda que as pedras e obstáculos do percurso atual, façam tudo parecer tão único, urgente e final. Hoje me encontro no derradeiro desfecho desse percurso onde o destino nada mais é do que uma representação da viagem em busca do Graal. Há um corpo cansado, uma mente anuviada pela quantidade de impressões e percepções nas paisagens vistas em contraposição a uma alma que...